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Lula se compromete com liberdade religiosa em carta aos evangélicos

Documento foi lido diante de líderes de 30 denominações

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O candidato do PT à Presidência da República, **Luiz Inácio Lula da Silva**, divulgou nesta quarta-feira (19) uma **carta para os evangélicos**. No documento, o candidato enfatiza o **compromisso com a liberdade religiosa**. “_A grande maioria dos brasileiros e brasileiras que viveram os oito anos em que fui presidente da República, sabe que mantive o mais absoluto respeito pelas liberdades coletivas e individuais, particularmente pela liberdade religiosa_”, diz o texto.

O candidato diz que não há por que acreditar que agora seria diferente. “_Posso lhes assegurar, portanto, que meu governo não adotará quaisquer atitudes que firam a liberdade de culto e de pregação ou criem obstáculos ao livre funcionamento dos templos_”, acrescenta o documento, lido em um evento com **líderes de 30 denominações** em um hotel na capital paulista.

Segundo Lula, **o documento é uma resposta a mentiras que estão sendo veiculadas contra ele**, especialmente nas redes sociais e também por pastores em algumas igrejas. “_Não é a primeira vez que nós fazemos carta aos evangélicos. Toda eleição há uma quantidade de mentiras nesse país que nós precisamos fazer uma carta ora à igreja católica, ora à igreja evangélica, ora a outro setor da sociedade_”, destacou ao discursar.

**[Leia aqui a íntegra da Carta de compromisso com os evangélicos](https://lula.com.br/carta-compromisso-com-os-evangelicos/)**

O candidato enfatizou ainda o **respeito à família**. “_A família para mim é uma coisa sagrada_”, ressaltou, ao falar ao público. Na carta, o tema também foi tratado. “_Outro compromisso que assumo: fortalecer as famílias para que os nossos jovens sejam mantidos longe das drogas. Nós queremos nossa juventude na escola, na iniciação profissional, realizando atividades esportivas e culturais para que tenham mais oportunidades e exerçam cidadania de forma produtiva, saudável e plena_”, diz o texto.

Lula destacou o papel das entidades religiosas em promover **ações em favor da sociedade em áreas onde o governo tem dificuldade de atuar**. “_Grande parte das políticas sociais que o governo faz pode ser feita pelas igrejas. As igrejas evangélica e católica têm serviços prestados. Em várias áreas, as igrejas são melhores do que o governo, custa mais barato do que o governo fazer_”, diz o candidato.

O **aborto** foi outro tema abordado no documento. “_Sou pessoalmente contra o aborto e lembro a todos e todas que este não é um tema a ser decidido pelo presidente da República e sim pelo Congresso Nacional_”, diz o texto.

Um dos momentos mais marcantes foi a fala da **vereadora Aava Santiago (PSDB)**, de Goiânia. Evangélica e filha de pastores, ela atribuiu às políticas de Lula durante seus mandatos a oportunidade para que os filhos dos crentes pudessem estudar e se formar.

**Campanha**

**À tarde, Lula desembarcou em Porto Alegre para uma caminhada** com apoiadores, no centro da capital gaúcha. Antes da atividade, ele concedeu uma entrevista coletiva a jornalistas. O candidato reforçou que a prioridade, se eleito, é acabar com a fome e criar um amplo programa de geração de empregos a partir da **retomada de obras públicas paralisadas**. “_A nossa primeira opção é tentar estabelecer uma política para acabar com a fome no país. Nós acabamos uma vez e vamos acabar outra vez. É de tentar estabelecer uma forte política de investimento do Estado, para gerar empregos, começando pela construção civil, nas obras que estão paralisadas_”.

O petista também comentou sobre a necessidade de **regulamentar direitos trabalhistas de profissionais que trabalham em plataformas**. “_As pessoas que trabalham em aplicativo são pessoas que praticamente não têm direito, não têm descanso semanal remunerado. É preciso fazer alguma regulamentação_”, disse. Em seguida, assegurou que os bancos público terão papel ativo no financiamento de pequenos e médios negócios.