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Julho Amarelo e Verde alertam para hepatites virais, câncer na cabeça e no pescoço

Campanhas destacam importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento médico regular

A cada mês, nos deparamos com novas campanhas voltadas para alertar a população sobre determinados problemas de saúde. Em julho, o destaque vai para hepatites virais e câncer na cabeça e no pescoço.

As hepatites virais continuam sendo um perigo silencioso à saúde dos brasileiros. De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre 2000 e 2023 foram registrados 785.571 casos confirmados e quase noventa mil mortes relacionadas às complicações dessas doenças. Assim, a campanha Julho Amarelo, realizada desde 2015, ganha ainda mais relevância ao chamar atenção para a necessidade de diagnóstico precoce e prevenção eficaz.

As formas de contágio variam conforme o tipo de vírus causador da doença. As hepatites A e E são transmitidas principalmente por meio de água ou alimentos contaminados. No caso da hepatite A, porém, há ainda a possibilidade de transmissão sexual. Já os tipos B, C e D são transmitidos através do contato com sangue infectado, relações sexuais desprotegidas ou pelo uso compartilhado de objetos perfurocortantes, como agulhas e alicates de unha, muitas vezes manipulados por terceiros.

A boa notícia é que há medidas preventivas eficazes, como a vacinação para os tipos A e B, uma das formas mais seguras de proteção. Ainda, é fundamental o uso regular de preservativos, além de não compartilhar objetos pessoais, como lâminas de barbear e escovas de dente, e a esterilização adequada de materiais usados em procedimentos invasivos. 

A testagem precoce é a principal aliada no combate às hepatites virais, capaz de detectar a infecção antes do aparecimento de sintomas. Exames simples de sangue, como sorologias ou testes rápidos, podem identificar o vírus ou seus marcadores e permitir o início oportuno do tratamento, evitando a progressão da doença.

A orientação para a periodicidade dos exames varia de acordo com cada paciente. Grupos mais vulneráveis, como pessoas imunossuprimidas, com infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) ou que mantêm relações sexuais sem proteção, devem se testar com maior frequência: hepatite B a cada seis meses, e hepatite C pelo menos uma vez por ano.

O tratamento depende do tipo de hepatite. Nos casos de hepatite A e E, geralmente não há necessidade de medicamentos específicos, pois o próprio organismo tende a eliminar o vírus naturalmente, com cuidados de suporte como hidratação e repouso. Enquanto isso, a hepatite B pode ser apenas monitorada nos casos menos graves, mas nas formas crônicas ou com risco de complicações, são utilizados antivirais para controlar a carga viral. Já a hepatite C tem cura em mais de 95% dos diagnósticos, com o uso de antivirais orais modernos, altamente eficazes e acessíveis.

Já a campanha Julho Verde visa conscientizar a população sobre a prevenção do câncer de cabeça e pescoço. Promovida pela Associação Brasileira de Câncer de Cabeça e Pescoço (ACBG Brasil), a iniciativa alerta os brasileiros sobre os riscos desse tipo de câncer e a importância do diagnóstico precoce, que aumenta significativamente as chances de sucesso no tratamento.

Os tumores que atingem a região da cavidade oral, garganta, faringe, laringe, glândulas salivares, pele e tireoide são abordados na campanha, ao destacar os principais sinais e sintomas que podem indicar a presença da doença. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP), as formas de prevenção são:

  • Não fumar;
  • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
  • Ter alimentação rica em frutas, verduras e legumes;
  • Manter boa higiene bucal;
  • Usar protetor solar e evitar exposição ao sol prolongada;
  • Usar preservativo (camisinha) na prática do sexo oral;
  • Manter o peso corporal adequado;
  • Recomendar a vacinação do HPV para os meninos de 11 a 14 anos e para meninas de 9 a 14 anos.

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