O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, afirmou na noite desta sexta-feira (27) que solicitou a expulsão do deputado distrital Daniel Donizet do MDB, partido ao qual ambos são filiados. “Mandei expulsar ele”, declarou o chefe do Executivo.
Ibaneis chegou a ligar para Donizet para comunicar pessoalmente sua posição contrária à permanência do deputado no partido.
A declaração do governador ocorre após a confusão envolvendo o parlamentar e policiais militares, na noite de quinta-feira (26), durante uma abordagem de rotina da Polícia Militar do DF (PMDF), no Riacho Fundo I.
Após a publicação da reportagem, a Polícia Militar do DF confirmou o episódio em nota. Segundo a corporação, Donizet dirigia uma caminhonete preta no momento da abordagem, e que “nada de ilícito” teria sido encontrado durante a revista pessoal ao parlamentar.
“Foi oferecido o teste do etilômetro, porém o condutor se recusou a realizar o teste e foi autuado conforme o art. 165-A do CTB”, defende a PMDF.
Donizet nega que tenha ingerido bebida alcóolica. Aos policiais, ele se apresentou como deputado distrital. Seu irmão, que integra o efetivo da Polícia Militar do DF, foi acionado, e o parlamentar deixou o local após a chegada de um motorista da Câmara Legislativa do DF (CLDF).
Procurada, a assessoria de imprensa do deputado não se manifestou sobre o episódio até a publicação desta reportagem.
Cassação de mandato
O episódio ocorre em meio ao debate na CLDF sobre a possível cassação do mandato do deputado, alvo de três pedidos baseados em denúncias apresentadas pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), em abril deste ano, por supostos crimes sexuais cometidos quando ocupava o cargo de administrador regional do Gama.
Recentemente, o GPS|Brasília noticiou que a Mesa Diretora da CLDF tem maioria pelo arquivamento dos pedidos. No entanto, a Casa preferiu adiar a análise do caso por ordem do presidente da Casa, Wellington Luiz (MDB), que atendeu a pedido da deputada Paula Belmonte (Cidadania), que ocupa a 2ª Vice-Presidência da CLDF.
Paula Belmonte, que é titular da Procuradoria Especial da Mulher (PEM), não assinou o documento e solicitou que a decisão final ocorra apenas após deliberação da bancada feminina.
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