Após viver anos em situação de rua e enfrentar o vício em entorpecentes, Marcelo Senise (foto em destaque) conseguiu transformar sua realidade e hoje inspira outras pessoas com seu exemplo de recomeço, com uma história que marca o Dia Mundial de Combate às Drogas, celebrado nesta quarta-feira (25).
Sociólogo e estrategista político, Marcelo se consolidou como referência nas duas áreas, mas precisou passar antes por momentos extremos, marcados pelo abandono, preconceito e a dependência química pelo crack, uma das mais cruéis e viciantes substâncias.
Durante muito tempo, encontrou nas ruas do Distrito Federal o único abrigo possível. No entanto, com o apoio de voluntários, programas sociais e sua própria determinação, conseguiu vencer o vício e reconstruir sua trajetória com dignidade.
“Foi preciso tocar o fundo do poço para entender que eu precisava de ajuda. A decisão de mudar partiu de mim, mas não teria conseguido sem o apoio que recebi”, relembra Marcelo, que hoje atua como voluntário em ações sociais e compartilha sua experiência com outros dependentes em recuperação.
A data, reconhecida internacionalmente, tem como objetivo conscientizar sobre os perigos do uso de drogas e a importância da prevenção, acolhimento e tratamento. Segundo especialistas, histórias como a de Marcelo reforçam que a recuperação é possível quando há apoio e oportunidade.
“A dependência química é uma doença, e como tal precisa ser tratada com seriedade e sensibilidade. O exemplo do Marcelo é a prova viva de que ninguém está perdido quando há vontade de mudar e suporte para isso”, afirma a psicóloga Ana Ribeiro, que trabalha com reabilitação social.
Neste 26 de junho, a história de Marcelo Senise se torna símbolo de resistência e esperança — uma lembrança de que, mesmo em meio às maiores dificuldades, é possível recomeçar.
“Foi um colapso total, uma implosão psíquica, em que precisei reconstruir tudo a partir do zero”, disse.
Após enfrentar a dependência química passar por um processo de reconstrução pessoal e intelectual, Senise comemora a retomada profissional a a conquista por ser uma das referências no cenário onde prevalece o debate sobre ética pública, tecnologia e comunicação política.
Com a cabeça erguida, hoje, o estrategista leva um pouco de sua reviravolta por onde quer que circule. Aliás, ele é presença confirmada em dois dos eventos calendário político e tecnológico de 2025: o COMPOL – Congresso de Comunicação Política e Institucional, em Florianópolis, e o Simpósio Internacional “Inteligência Artificial e Democracia: Desafios e Perspectivas”, em Brasília.
No COMPOL 2025, parte do Summit Cidades, que acontece na capital catarinense entre os dias 24 e 26 de junho, Senise anunciará a pré-venda do seu novo livro A Delicada (ou não) Arte da Desconstrução Política, uma obra que entrelaça vivências pessoais com reflexões estratégicas sobre a comunicação na política contemporânea. A publicação traz prefácios do ex-governador José Roberto Arruda e de Marcelo Natalle, fundador do COMPOL.
Já no Simpósio Internacional “Inteligência Artificial e Democracia: Desafios e Perspectivas”, o qual será realizado no Auditório Nereu Ramos do Senado Federal, ele contará com a participação de nomes como a ministra Cármen Lúcia (STF) e representantes de empresas globais de tecnologia. O evento debaterá os impactos da inteligência artificial nos processos eleitorais e na formação democrática.
“A inteligência artificial está remodelando nossa relação com a informação, a política e os direitos fundamentais. Precisamos de ética e sensibilidade para que a tecnologia seja aliada da democracia e da dignidade humana”, defende Senise.