O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), comemorou, nesta quarta-feira (25), o fim da greve dos professores da rede pública, após a categoria aceitar a proposta do Governo do Distrito Federal (GDF) em assembleia-geral. O movimento, que durava 24 dias, foi encerrado com retorno imediato dos educadores às salas de aula nesta quinta-feira (26).
A negociação contou com a atuação do deputado distrital Chico Vigilante (PT), que intermediou o diálogo entre o sindicato e o Palácio do Buriti.
“Foi muito positivo e fruto de uma boa negociação iniciada por mim e pelo deputado Chico Vigilante, e posteriormente conduzida pelos secretários Gustavo Rocha, Helvia e Ney Ferraz com a comissão de negociação do Sinpro. Ganham todos, e de forma especial a comunidade educacional, que agora terá a reposição dos dias parados e a conclusão do ano letivo sem maiores problemas”, afirmou Ibaneis ao GPS|Brasília.
A proposta aprovada pelos professores prevê, entre outras medidas, a nomeação de ao menos 3 mil aprovados em concursos da Secretaria de Educação (SEEDF) até dezembro deste ano. A rede pública de ensino do DF, segundo o sindicato da categoria, conta hoje com cerca de 15 mil professores temporários e 9.420 efetivos.
Outro ponto de destaque do acordo é o compromisso do GDF de dobrar os valores das gratificações por titulação acadêmica: 10% para especialização, 20% para mestrado e 30% para doutorado. Os novos percentuais começam a impactar a tabela salarial a partir de janeiro de 2026.
Além disso, o Executivo local garantiu que não haverá corte no ponto dos profissionais que participaram do movimento grevista, apesar de posicionamentos anteriores do próprio governador que indicavam o contrário.
A assembleia-geral dos educadores foi realizada no estacionamento entre o Eixo Cultural Ibero-Americano (antiga Funarte) e a Torre de TV. A votação foi considerada apertada e tensa, refletindo as diferentes expectativas da categoria quanto à proposta apresentada pelo governo.