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Crime organizado na mira: Senado instala CPI para investigar facções e milícias

Além do tráfico de drogas, essas organizações atuam em esquemas de extorsão, grilagem de terras, comércio ilegal e até em contratos públicos

O Senado Federal instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a atuação de facções criminosas e milícias em todo o país. A iniciativa é do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), que defende uma resposta mais firme do Estado diante da infiltração do crime organizado na economia e em estruturas públicas.

A comissão deve ouvir especialistas em segurança, membros do Ministério Público, autoridades policiais e representantes da sociedade civil. O objetivo é traçar um diagnóstico detalhado do problema e propor ações efetivas para conter o avanço desses grupos.

Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em parceria com o grupo Esfera Brasil, indicam que 72 facções estão em operação no território nacional. Além do tráfico de drogas, essas organizações atuam em esquemas de extorsão, grilagem de terras, comércio ilegal e até em contratos públicos.

Em 2023, o país registrou mais de 45 mil mortes violentas, o equivalente a uma taxa de 23 homicídios por 100 mil habitantes. Especialistas apontam o tráfico internacional de drogas como uma das principais engrenagens do crime, movimentando cifras que podem ultrapassar R$ 335 bilhões.

Para o Fórum, o enfrentamento às organizações criminosas exige investimento em inteligência, cooperação entre instituições e rastreamento do dinheiro sujo. A CPI deve explorar justamente esses caminhos para propor mudanças estruturais na política de segurança pública.

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Edição 42

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