As festas juninas, conhecidas pela animação e pelas tradições como fogueiras, quadrilhas e fogos de artifício, também trazem riscos à saúde. Segundo o Samu-DF, apesar de o número de atendimentos por queimaduras não aumentar significativamente nesse período, os acidentes tendem a ser mais graves. O uso inadequado de fogos de artifício é o principal fator de risco, especialmente quando ignoradas normas de segurança.
Em casos de emergência, como vítimas inconscientes, com dificuldade para respirar ou ferimentos graves, a população deve acionar o Samu pelo número 192. O atendimento começa com a coleta de informações básicas e, depois, o médico regulador orienta os primeiros socorros. Enquanto a equipe não chega, é importante afastar a vítima da fonte de calor, resfriar a área com água fria e evitar romper bolhas ou remover a pele afetada.
Tanto o Samu quanto o Corpo de Bombeiros estão aptos a atender vítimas de queimaduras. O uso seguro de fogos de artifício inclui comprar apenas produtos certificados, utilizá-los em áreas abertas, manter distância segura de pessoas e estruturas e jamais manuseá-los sob efeito de álcool. Em caso de falha, o artefato deve ser descartado em um balde de água após alguns minutos.
Para casos graves de queimaduras, o atendimento de referência é feito no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), enquanto ocorrências leves podem ser encaminhadas a UPAs. Se a vítima for transportada por terceiros, a lesão deve ser coberta com um pano limpo, sem remover objetos colados à pele, exceto metais como anéis e relógios, que retêm calor.
Além disso, há cuidados importantes com instalações elétricas em decorações típicas. A Neoenergia Brasília recomenda manter distância da rede elétrica, usar materiais isolantes e evitar “gambiarras” ou ligações clandestinas. Fogueiras e fogos devem ser mantidos longe da fiação, e soltar balões é crime. Dentro de casa, evitar sobrecarga em tomadas e o uso de equipamentos com o corpo molhado são medidas básicas para garantir a segurança durante as celebrações.