Redação GPS Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, que está, deve apontar o ex-presidente como o suposto “mandante” no caso das joias desviadas, que haviam sido recebidas como presente da Arábia Saudita. As informações são da Revista Veja.
Diferentemente de uma delação premiada, a defesa de Mauro Cid optou por uma espécie de “confissão”, já que manteve-se em silêncio até o momento sobre as joias e as suspeitas de falsificação de cartões de vacina, que levaram à própria prisão no mês de maio.
O advogado do caso, o criminalista Cezar Bitencourt, afirmou à revista que essa nova estratégia visa esclarecer que Bolsonaro possuía, pelo menos em parte, conhecimento das tentativas para recomprar as joias desviadas.
Segundo Bitencourt, “o dinheiro era de Bolsonaro”. Essa alegação sugere que os planos para a recompra das joias, que foram vendidas, poderiam estar sujeitos a acusações de contrabando e crimes financeiros, incluindo a internalização de fundos no exterior.
O advogado pretende explorar a redução da pena para seu cliente, com base na possibilidade de que o crime foi cometido sob ordens de uma “autoridade superior”, conforme previsto pelo Código Penal.
A versão apresentada por Cid indica que ele estava agindo sob as instruções de seu superior da época, para quem servia como auxiliar direto.
Na semana passada, a Polícia Federal realizou buscas nos endereços do general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do tenente-coronel, em relação ao mesmo caso de desvio de joias e outros bens valiosos. As investigações sugerem que o general Cid também poderia estar envolvido na venda dessas joias e até mesmo ter emprestado sua conta bancária no exterior para transações financeiras relacionadas.
O tenente-coronel Mauro Cid teria, segundo relatos, sugerido a utilização da conta bancária de seu pai nas transações para recuperar as joias desviadas. Embora o general tenha hesitado inicialmente, acabou cedendo após insistência de seu filho. Mensagens obtidas pela revista Veja indicam que Cid chegou a avisar seu pai sobre a visita iminente de Bolsonaro a sua casa em Miami (EUA), mencionando a entrega do que “está faltando aí”.
