O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) usou sua conta no X (antigo Twitter), nesta sexta-feira (6), para acusar, mais uma vez, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de promover uma “política de censura” contra vozes da oposição.
Em vídeo gravado nos Estados Unidos, o parlamentar mencionou o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) como exemplo de figura pública que estaria sendo “silenciada” após ser alvo de um processo judicial por ofensa à honra, movido por Lula, devido a críticas feitas ao programa de empréstimos consignados para trabalhadores da iniciativa privada.
“Ciro criticou a criação do empréstimo consignado dizendo que Lula segue sua história de encher o bolso dos bancos enquanto fragiliza a população. Agora, está sendo acionado na Justiça. Isso é censura velada”, afirmou Eduardo Bolsonaro, ao questionar se o mesmo tratamento seria dado caso as críticas viessem de apoiadores do presidente.
Atualmente alvo de investigação no Supremo Tribunal Federal (STF), sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, por possível articulação com o ex-presidente Donald Trump contra autoridades brasileiras, Eduardo Bolsonaro ampliou o tom de crítica ao Judiciário e ao Palácio do Planalto. No vídeo, defendeu que o país deveria se inspirar em práticas adotadas por Trump para construir consensos, inclusive com adversários políticos.
Ele citou como exemplo o nome de Robert F. Kennedy Jr., sobrinho do ex-presidente americano John F. Kennedy, que era era democrata, mas se lançou como candidato independente nos EUA. Hoje, ele ocupa o cargo de secretário da Saúde no governo Trump — o qual seria compatível com ao de um ministro no Brasil.
“Se o Trump fosse limitado pela ideologia, ele jamais teria chamado o Bob Kennedy para o governo. A gente precisa parar de viver em conflito e buscar convergências. Só assim o Brasil pode deixar de ser o ‘País do Futuro’ e passar a ser o ‘País do Presente’”, disse o deputado, que encerrou sua fala pedindo diálogo entre diferentes espectros políticos.
Assista:
A censura não tem cor partidária. E é por isso que defender a liberdade exige diálogo — mesmo entre quem discorda em quase tudo.
Trump entendeu isso ao trazer Bob Kennedy para seu governo. O Brasil ainda não. pic.twitter.com/EV41hJtQ0t
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) June 6, 2025