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PF encontra provas de que PRF teria tentado tirar votos de Lula em 2022

Mapeamentos foram achados no celular de Marília Ferreira de Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça

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A Polícia Federal revelou, nesta quarta-feira, 9, a descoberta de imagens de um meticuloso mapeamento de municípios onde o presidente Lula (PT) recebeu mais de 75% dos votos no primeiro turno das eleições. As provas foram achadas no celular de Marília Ferreira de Alencar (foto em destaque), ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça e Segurança Pública, sob a gestão de Anderson Torres. 

 

As informações foram detalhadas em um relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que embasou a prisão de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

 

A participação de Marília na chamada Operação Eleições, onde blitze foram realizadas durante o segundo turno das eleições presidenciais do ano passado, repercutiu no atraso da chegada de eleitores nos locais de votação.

 

As imagens em questão foram discutidas durante uma reunião com Silvinei Vasques, à época diretor da Polícia Rodoviária Federal, e que hoje encontra-se detido sob alegações de interferência no pleito eleitoral. A prisão, de acordo com autorização do ministro Alexandre de Moraes, do STF, é fundamentada em uma conduta considerada “gravíssima” e “ilícita”.

 

Moraes também destacou que a manutenção da liberdade de Silvinei Vasques poderia comprometer a efetividade das investigações, em virtude de sua influência ainda presente entre os agentes, apesar de sua aposentadoria.

 

Marília Ferreira de Alencar depôs perante a Polícia Federal e relatou ter solicitado a extração dos dados de ambos os candidatos, visando confrontá-los com “partidos políticos dos respectivos prefeitos de cada município do Brasil inteiro, o que poderia caracterizar indicativo de compra de voto a depender do informe recebido“. 

 

A ex-diretora entregou a planilha resultante dessa análise em uma reunião com o ministro Anderson Torres, na qual também estiveram presentes outros servidores da Secretaria de Operações Integradas (SEOPI), explicando o propósito das análises realizadas.