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Ajudantes de ordens de Bolsonaro deletaram mais de 17 mil e-mails das contas

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro descobriu que ajudantes de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentaram excluir mais de 17 mil e-mails das contas de trabalho deles. Porém, esqueceram de deletar permanentemente os conteúdos das lixeiras eletrônicas, o que permitiu que o colegiado tivesse acesso às mensagens.

 

Entre os e-mails que foram recuperados na lixeira da conta de Mauro Cid, está a tentativa de venda de um relógio Rolex por US$ 60 mil, o equivalente a R$ 300 mil. A troca de mensagens foi com Maria Farani, ex-assessora do gabinete da Presidência. Segundos os textos, o objeto foi recebido em viagem oficial. Só Mauro Cid tinha 4.212 e-mails na pasta de itens deletados. 

 

Também foi localizado um discurso de derrota de autoria de Fábio Faria, ex-ministro das Comunicações, no qual Bolsonaro reconheceria o resultado das eleições presidenciais de outubro. O texto nunca foi lido pelo ex-chefe do Executivo. As informações foram divulgadas pelo G1 e pela TV Globo e confirmadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.

 

Na lixeira de Osmar Crivelatti, que hoje é servidor de apoio do ex-presidente, foi encontrado uma mensagem eletrônica onde atesta a existência de pedras preciosas recebidas por Bolsonaro na cidade mineira de Teófilo Otoni durante uma viagem de campanha pela reeleição, em outubro de 2022. O e-mail indicava que os itens seriam destinados ao ex-chefe do Executivo e à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, e não teriam sido cadastradas oficialmente no acervo da Presidência.

 

“Em 27/10/2022, foi guardado no cofre grande, 01(um) envelope contendo pedras preciosas para o PR (presidente da República) e 01 9 (uma) caixa de pedras preciosas para a PD (primeira-dama), recebidas em Teófilo Otoni em 26/10/2022. A pedido do TC Cid, as pedras não devem ser cadastradas e devem ser entregues em mão para ele. Demais dúvidas, Sgt Furriel está ciente do assunto”, indicava o e-mail.

 

Os integrantes da CPMI pediram ao Tribunal de Contas da União (TCU) e à Procuradoria Geral da República (PGR) para investigarem se Bolsonaro e Michelle receberam as pedras preciosas e se a orientação de não cadastrá-las caracterizariam improbidade administrativa.

 

Danilo Calhares, que se tornou ajudante de ordens no final de 2020, foi o único da equipe de Bolsonaro a ter excluído permanentemente os e-mails. Segundo integrantes da CPMI, o primeiro e-mail na caixa de entrada é de novembro de 2022.

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