O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, afirmou nesta sexta-feira (6) que “continuará lutando na Justiça” pelo fim da greve dos professores e orientadores da rede pública. A fala ocorre um dia após o sindicato que representa a categoria recusar a proposta do Governo do DF (GDF) e decidir manter a paralisação.
“Eu vou continuar lutando na justiça, essa greve é meramente política, não tem razão nenhuma. Nós demos o reajuste, nós incorporamos a Gaped que eles pediram, ainda falta uma parcela para o pagamento. E a multa é de um R$ 1 milhão por dia, vamos ver”, defendeu o titular do Palácio do Buriti.
A multa mencionada por Ibaneis foi fixada pelo Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT), ainda na última semana. O Sindicato dos Professores no DF (Sinpro-DF) recorreu da decisão junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). O recurso ainda não foi analisado pela Corte.
Na quinta-feira (5), o governador já havia dito que a paralisação tem motivação política. “Primeiro, nós estamos nos aproximando de um período eleitoral. E aí todos eles se utilizam desses movimentos para tentar se unir. Hoje, a nossa oposição está, digamos assim, flácida e em prasma. Então, eles estão trabalhando junto com esses sindicatos para poder fortalecer uma base para concorrer às eleições do ano que vem”, disse, na ocasião.
A greve
Professores da rede pública de ensino estão paralisados desde segunda-feira (2). Até o momento, 242 escolas, das 713 unidades educacionais, aderiram ao movimento de forma integral, segundo a Secretaria de Educação.
Os professores pedem valorização profissional, reestruturação da carreira e a recomposição salarial de 19,8%.
Segundo o Sinpro-DF, o percentual representa parte das perdas inflacionárias acumuladas.
“A proposta apresentada pelo GDF, embora represente um recuo parcial do governo diante da força da mobilização, ainda está distante das necessidades reais da categoria e do cumprimento da legislação educacional em vigor”, defendeu a entidade após anunciar a manutenção da greve.