Professores da rede pública do DF aprovam greve a partir da próxima semana

Decisão aconteceu durante assembleia do Sinpro-DF na manhã desta terça-feira (27); veja vídeo

Os professores da rede pública do Distrito Federal aprovaram, na manhã desta terça-feira (27), o início de uma greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira, 2 de junho. A decisão foi tomada em assembleia geral realizada no estacionamento da Funarte, convocada pelo Sindicato dos Professores (Sinpro-DF). A paralisação é motivada por impasses na campanha salarial e por reivindicações estruturais da categoria, que afirma não ter recebido propostas concretas do Governo do Distrito Federal (GDF).

 

Confira vídeo com momento em que a greve foi aprovada:

A principal demanda do movimento é a reestruturação da carreira docente, com o objetivo de dobrar o salário-base da categoria. Além disso, os profissionais cobram um reajuste de 19,8%, em linha com a Meta 17 do Plano Distrital de Educação (PDE), e mudanças nos critérios de progressão, como a redução do tempo para atingir o topo da tabela salarial e o aumento das gratificações por titulação acadêmica. Atualmente, os percentuais são de 5% para especialização, 10% para mestrado e 15% para doutorado. A proposta do Sinpro-DF eleva esses valores para 10%, 20% e 30%, respectivamente.

Outros pontos da pauta incluem o reconhecimento do tempo de serviço de professores temporários efetivados, para fins de enquadramento nos padrões salariais, e a ampliação dos percentuais de aumento a cada mudança de padrão. A última reunião entre o Sinpro e o GDF, realizada em 21 de maio, terminou sem avanços. Segundo o sindicato, a falta de diálogo do governo tem sido um dos principais obstáculos para o avanço das negociações.

 

Nota oficial

Em comunicado público, o Sinpro afirmou que a recusa do GDF em negociar é uma decisão política, e não técnica. “Existem alternativas para equilibrar os gastos públicos sem prejudicar ainda mais os profissionais da educação, como reduzir renúncias fiscais e rever o perdão de dívidas. O que está em jogo é a valorização do profissional de educação e o futuro da qualidade do ensino público no DF. Não aceitaremos o descaso”, declarou a diretora do sindicato, Márcia Gilda.

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Edição 42

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