Caio Barbieri Professores da rede pública do Distrito Federal se reúnem nesta terça-feira (27), a partir das 9h, no estacionamento da Funarte, para uma assembleia geral com paralisação das atividades e indicativo de greve.
O encontro, convocado pelo Sindicato dos Professores no DF (Sinpro-DF), definirá os rumos da campanha salarial da categoria, que inclui um reajuste de 19,8% e mudanças estruturais no plano de carreira.
A mobilização ocorre em meio ao impasse com o Governo do Distrito Federal (GDF), que, segundo o sindicato, tem se recusado a apresentar propostas concretas para mais de 30 mil professores e orientadores educacionais da rede pública de ensino. A última reunião entre o Sinpro e a Comissão de Negociação do GDF ocorreu no dia 21 de maio e terminou sem avanços.
“A negativa em negociar com a categoria não é técnica, é política”, afirmou a direção do Sinpro em nota pública. “Existem alternativas para equilibrar os gastos públicos sem prejudicar ainda mais os profissionais da educação, como reduzir renúncias fiscais e rever o perdão de dívidas”, completou o sindicato.
Reivindicações
A Campanha Salarial do Magistério Público do DF reivindica não apenas o reajuste de 19,8% para avançar na Meta 17 do Plano Distrital de Educação (PDE), mas também alterações profundas na estrutura da carreira docente. Entre os principais pontos estão:
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Redução do tempo necessário para atingir o topo da tabela salarial;
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Aumento dos percentuais de gratificação por titulação acadêmica, atualmente fixados em 5% (especialização), 10% (mestrado) e 15% (doutorado). A nova proposta eleva os índices para 10%, 20% e 30%, respectivamente.
A diretora do Sinpro-DF, Márcia Gilda, alerta que a decisão sobre uma possível greve dependerá da disposição do governo em reabrir o diálogo. “O que está em jogo é a valorização do profissional de educação e o futuro da qualidade do ensino público no DF. Não aceitaremos o descaso”, afirma.
