No Brasil, o período que registra as temperaturas mais baixas do ano representa 35% da movimentação do mercado de vinho no ano, de acordo com dados do Mercado & Consumo. Com a chegada dos dias mais frios em Brasília, muitas pessoas recorrem ao vinho para espantar o frio, visto que a bebida realmente pode provocar uma sensação de aquecimento no corpo.
Mas você sabe por que isso acontece? A ciência por trás desse efeito envolve a ação do álcool no organismo, a dilatação dos vasos sanguíneos e até o fator psicológico.
A sensação térmica associada à bebida tem uma explicação científica – que não está no tipo de uva e nem na cor do vinho, ao contrário do que muitos pensam. Na verdade, trata-se de uma ilusão térmica. “O etanol é o principal responsável por essa percepção”, explica a especialista em vinhos Lara Torres, fundadora da Wine C. “O álcool causa a dilatação dos vasos sanguíneos, o que aumenta o fluxo de sangue nessas áreas e dá uma sensação de calor, principalmente no rosto, nas orelhas e nas extremidades do corpo”, detalha.
Outra crença popular é a de que vinhos tintos são os melhores para serem consumidos no frio, e pode até ser verdade no paladar, mas não no termômetro. O que de fato influencia na sensação térmica do corpo é o teor alcoólico: quanto maior, mais chance de sentir calor.

Foto: reprodução/Blog dos Vinhos
Além disso, nos dias frios, o vinho raramente é consumido sozinho. A bebida costuma acompanhar fondues, massas, carnes de longa cocção, entre outras receitas mais encorpadas, que, para serem digeridas, gastam mais energia. A energia, por sua vez, gera calor.
A colunista do GPS|Brasília Adriana Nasser conta que bastam somente alguns goles para notar o corpo esquentar. “Calor e rosto vermelho são algumas das alterações que o vinho dá, assim como qualquer outra bebida alcoólica”, conclui.