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EUA e China anunciam trégua na guerra comercial e reduzem tarifas por 90 dias

O anúncio foi feito por autoridades dos dois governos nesta segunda-feira (12), após intensas negociações ocorridas em Genebra, na Suíça

Após meses de tensões e tarifas elevadas, Estados Unidos e China chegaram a um acordo provisório para reduzir as barreiras comerciais entre os dois países. O anúncio foi feito por autoridades dos dois governos nesta segunda-feira (12), após intensas negociações ocorridas em Genebra, na Suíça.

A trégua prevê a diminuição temporária das tarifas de importação por um período inicial de 90 dias, enquanto novas rodadas de negociações devem ser realizadas. As reuniões poderão acontecer alternadamente em solo chinês, norte-americano ou em um terceiro país.

O Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, informou que Washington concordou em cortar em 115% as tarifas sobre produtos chineses, resultando em uma alíquota final de 30%. Do lado chinês, a tarifa sobre importações norte-americanas foi fixada em 10%.

Segundo o Representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, o acordo sinaliza que as divergências entre os dois países “talvez não fossem tão grandes quanto se pensava”. Para ele, o avanço nas negociações representa “um passo importante para enfrentar uma emergência nacional”.

Entenda o conflito

A guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo teve início após o então presidente Donald Trump anunciar tarifas retaliatórias contra 185 países e regiões, mantendo um imposto mínimo de 10%. A medida excluiu a China, que respondeu com represálias imediatas.

O impasse escalou rapidamente: os EUA elevaram as tarifas sobre produtos chineses para 145%, enquanto a China impôs uma taxa de 125% sobre importações americanas. Pequim também suspendeu negócios com 18 empresas dos EUA e iniciou a busca por novos parceiros comerciais.

O impacto foi sentido em bolsas de valores ao redor do mundo, que registraram quedas acentuadas. Diante da pressão econômica global, representantes de ambos os países se encontraram em Genebra, onde firmaram o acordo provisório.

A nota conjunta divulgada ao fim das negociações afirma que será criado um mecanismo bilateral para aprofundar as discussões econômicas e comerciais, com possibilidade de encontros técnicos sempre que necessário.

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