O general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), voltou atrás e cancelou sua ida à CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal. A oitiva do militar estava marcada para esta quarta-feira (19).
A informação foi confirmada pelo deputado distrital Chico Vigilante (PT), presidente da comissão, no final da manhã desta terça-feira (18), por meio de comunicado à imprensa.
Segundo o parlamentar, o militar, um dos homens fortes do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), alegou ter sido orientado por seus advogados a não comparecer à CPI, “para não colocar mais gasolina” nas investigações que miram os autores e incentivadores do quebra-quebra do dia 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
A comissão decidiu cancelar a reunião desta quarta-feira por conta da falta de tempo para convocar ou convidar um outro nome para depor aos parlamentares.
O depoimento de Augusto Heleno estava marcado para o dia 4 de maio, mas foi antecipado a pedido do próprio general. O convite ao militar visa entender o papel do alto escalão na escalada de acontecimentos que levaram aos atos de extremistas e apurar se houve participação ou incentivo de membros do governo no planejamento dos ataques.