Raphael Oliveira Durante almoço-debate do Lide Brasília, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e o senador Ciro Nogueira (PP-PI) defenderam a necessidade de união entre forças políticas para superar a polarização ideológica e recolocar o Brasil no rumo do crescimento.
O governador Ibaneis Rocha afirmou que “o País já não aguenta mais tanto sofrimento” e fez duras críticas aos governos petistas. “Nascer, morrer, votar no PT, como diz o velho Monsanto, só se faz uma vez. Eles não têm projeto, não têm articulação, não gostam de empresários. A grande maioria nunca assinou uma carteira de trabalho”, declarou.
Ibaneis também elogiou a trajetória do senador Ciro Nogueira e indicou que o líder progressista tem condições de disputar cargos ainda maiores. “Eu não conheci dentro da política alguém que tenha honrado todos os compromissos como o Ciro. Ele tem condições políticas hoje de galgar cargos maiores com a experiência que tem, com a dedicação que tem, com a honestidade comprovada ao longo desses mais de 30 anos de vida pública”, afirmou o governador.
Ao discursar, Ciro Nogueira reforçou a necessidade de superar a polarização entre Lula e Bolsonaro e propor um projeto de país de longo prazo. “Não tem como fazer nenhum projeto político no Brasil sem a participação de Lula e Bolsonaro. Mas também é verdade que hoje temos 30% da população com a esquerda, 30% com a direita, e 40% no centro. Esse recado foi dado nas últimas eleições. Nós precisamos pensar o Brasil para os próximos 40 anos, sem preconceitos ideológicos”, disse.
Ciro também criticou o tamanho da máquina pública e defendeu reformas estruturantes. “Não temos mais como gastar 47% do nosso PIB com a máquina pública. Precisamos de um pacto entre Executivo e Legislativo para diminuir o tamanho do Estado”, afirmou. “Não existe nenhum país que tenha implementado práticas da esquerda que tenham dado certo. E o Brasil não será diferente.”
O senador defendeu a criação de um fundo soberano voltado para inovação e capacitação profissional e disse que está dialogando com governadores e lideranças políticas para a construção de um projeto de unificação nacional. “Chega dessa disputa absurda, de discutir o 8 de janeiro tempo todo. As facções estão tomando conta do Brasil enquanto perdemos tempo com pautas que não melhoram a vida das pessoas.”
