Uma nova campanha lançada nesta quinta-feira (1º), Dia do Trabalhador, conscientiza sobre um problema silencioso, mas estrutural: a desigualdade de gênero nas tarefas domésticas.
Intitulada “Trabalho Invisível”, a iniciativa foi idealizada pela Agência Calia, com produção da Santeria e apoio da Instituição Nós por Elas, e tem como foco a desproporcional carga de afazeres que recai sobre as mulheres — um fator que limita seu desenvolvimento pessoal e profissional.
Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), essa divisão desigual é uma constante em todos os países. Em média, mulheres dedicam três vezes mais tempo que os homens a tarefas como cozinhar, limpar, cuidar de filhos ou parentes — o chamado “trabalho de cuidado não remunerado”.
Com o mote “O fim do expediente não é o fim do trabalho”, a campanha reúne três filmes de 30 segundos e peças gráficas que expõem a realidade de milhões de brasileiras. A proposta é estimular o debate sobre a invisibilidade do trabalho doméstico e incentivar uma divisão mais justa dessas responsabilidades.
“Conseguimos traduzir em poucos segundos uma realidade que perdura há séculos. A qualidade criativa da campanha nos orgulha muito”, afirmou Maurício Oliveira, um dos criativos envolvidos.
Para José Augusto, vice-presidente da Calia, a comunicação tem o papel de provocar reflexões e gerar mudanças:
“A campanha nasce de uma necessidade urgente de dar visibilidade a uma rotina muitas vezes negligenciada. A transformação começa dentro de casa.”
A criação é assinada por Maurício Oliveira, Geisa Lopes e Alexandre Ferro, com direção de cena de Rafael Damy.
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