O amor não tem fronteiras. Flay e Eduardo são nativos da mesma terra, a Paraíba. Jamais se viram. As famílias vieram para Brasília. Nunca se encontraram. Mas onze anos atrás, um momento casual os conectou. Flay modelo bela desde sempre. Tímida, com os olhos de menina curiosa, fitou Eduardo. Contida, esperou a aproximação. Discreta, consentiu ao romance.
E a jornada começou com suavidade. Noites divertidas evoluíram para o cinema com pipoca. Férias junto aos amigos sequenciaram para viagens em família. Vieram os planos de futuro. Um término os fez seguir sozinhos por uma temporada e perceber que a vida, mesmo boa, era sem graça um sem a companhia do outro.
Retomaram. Amadurecidos, o renovo lhes trouxe a convicção de que sim, a vida teria mais sentido se ambos se tornassem um só. As famílias aprovaram, os amigos vibraram. Para começar, um lar de fato. Uma casa nova em construção. E uma grande festa ao final.
Antes, porém, o sacramento do matrimônio. Ambos religiosos, a celebração deveria ser tal qual o sonho da noiva com aparência de princesa. O noivo solicitou apenas que fosse na companhia dos familiares e seletos amigos que atuaram nessa história, os padrinhos. Desejos conciliados, a decisão.
Casamento no Fasano Boa Vista. Intimista. No campo, ao ar livre, pela manhã. Havia de ser natural, fluido, leve. E foi. Porque Flay e Eduardo são assim… sutis. A elegância predominou ao longo dos dois dias em que os cinquenta presentes estiveram reunidos como uma grande e acolhedora congregação.
Após todos acomodados nas requintadas suítes do hotel assinado por Isay Weinfeld com vista para o lago, os noivos ofereceram um jantar de boas-vindas à luz de velas e vinhos safrados. Com esticadinha na varanda para apreciar o céu estrelado do campo.
O dia amanheceu para Flay e Eduardo. A brisa suave trazia uma imensa harmonia. Os noivos pediram que tudo fosse suave, que a sofisticação fosse desprovida do excesso. A essência de cada um era o que realmente importava.
Bancos de treliça acomodavam sombrinhas de tecido, acompanhadas de leques de madeira. Imensas lamparinas no chão eram adornadas por flores campestres, tal qual o pórtico florado do altar. Orquestra de piano e cordas Music4Events tocavam músicas eruditas. E sob a frondosa árvore, uma estação de bebidas refrescantes.
Flay surge no gramado ao lado do sogro, ex-senador Raimundo Lira, que a conduziu até o altar com imenso zelo. Ele também a presenteou com o vestido, que se assemelhava aos modelos campestres renascentistas, assinado por Patrícia Bonaldi. Eduardo entrou com a irmã Isabela. E Flay não resistiu à emoção ao pisar na nave. As lágrimas vieram.
Reverendo anglicano os esperava, assim como Marita e Luiz Eduardo, filhos do noivo. A pequena Ana Severo levou as alianças. Os versículos bíblicos de 1 Coríntios sobre o amor deram o tom. “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor… nada seria”.
Ao final da cerimônia, já tomados pela alegria, a varanda foi o local onde todos se instalaram antes de seguirem para o salão onde haveria o almoço, seguido de dancing. O lirismo musical criou a ambiência perfeita. Iniciou com Até Jazz seguido com a melodia de Sophia Stedile. O DJ Pedro Sabie encerrou o set list de extremo bom gosto.
O dia foi composto de ápices sequenciados. Um deles se deu na hora do almoço em duas mesas alongadas decoradas lindamente com flores rosa, a cor preferida de Flay. Eduardo pediu a palavra. Em meio a frases afetuosas, citou a mãe, Gitana, mulher de grande valor falecida três anos atrás.
O pai, Raimundo Lira, não conteve a saudade e disse sob lágrimas e voz embargada: “Faltou Gigi”. Isabela, a irmã que assumiu o lugar da mãe, tornando-se a voz feminina da família, posicionou-se e fez um lindo discurso, falando de sabedoria, de coragem, de valores e, sobretudo do desafio que é saber amar. De novo o amor…
Estar entre a nova formação da família Lira foi uma experiência de afeto do início ao fim. Permitiu sobretudo discernimento entre o querer e o aceitar. Render-se em vez de insistir. Não sobre mudar, e sim transformar. Viver em paz, sorrindo para a vida. Os corações voltaram preenchidos… conforme homilia do reverendo: “o amor é chama que arde sem se ver”.
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