Redação GPS Andréia dos Santos Brito, Lorena Guida e Thalita Viana não se conhecem. E, apesar de nem imaginarem, têm em comum uma história de superação para realizar o sonho da maternidade. O caminho até terem suas filhas no colo foi longo. E só foi possível com a ajuda da medicina. Todas elas descobriram, enquanto tentavam engravidar, que tinham doenças que atrapalhavam esse processo.
Andréia tinha dores horríveis no quadril. Só depois de quase 10 anos tentando um diagnóstico, descobriu que estava com endometriose profunda. “Eu tinha o sonho de ser mãe. Eu fui a vários médicos que se diziam especialistas em endometriose que simplesmente ignoravam a minha condição de dor e não me ajudavam. Pediam exames mas não falaram que era endometriose”, disse.
Lorena tentou vários tratamentos para engravidar e não conseguia. “Eu já estava um pouco desacreditada. Depois de 4 anos tentando, não achava mais que era possível.” Ela também descobriu que estava com endometriose já em grau avançado.
Thalita ouviu a seguinte frase em uma consulta: Você não vai poder ser mãe. “Ali meu mundo acabou, minha esperança acabou. Como assim eu vou ter que fazer uma cirurgia para retirar meu útero e não vou poder ser mãe?” Só tempos depois que a Thalita descobriu que tinha encurtamento do colo do útero.
A história dessas três mulheres começou a mudar quando elas conheceram dois profissionais. A doutora Charbele Diniz e o doutor Leonardo Campbell, ambos cirurgiões ginecologistas. Foram eles que fizeram os diagnósticos e as cirurgias para os tratamentos das doenças.
Charbele diz que é comum atender pacientes que têm o sonho de ser mãe e chegam no consultório já sem esperança. Isso porque já estão há anos tentando ou sentindo dores e nunca tiveram um diagnóstico correto.
“Por isso, eu faço questão de alertar que sentir dor não é normal. E que se a paciente buscou um médico e não teve solução, que busque quantos forem necessários até encontrar uma resposta para a dor”.
Andréia, Lorena e Thalita passaram por cirurgia e um longo tratamento até terem o resultado positivo da gravidez.
Leonardo explica que existem casos de mulheres que vão tentar e não vão poder ter filhos, mas que muitas vezes o que falta é uma investigação mais a fundo do caso de cada mulher.
“A medicina já evoluiu muito, para casos mais delicados conseguimos até fazer cirurgias com auxílio de robôs. O que não pode ser feito é tirar a esperança de uma mulher que deseja ser mãe sem antes esgotar todas as possibilidades de diagnósticos e tratamentos”, explica.
Os médicos explicam que muitas doenças podem acabar dificultando o caminho da gravidez, como a endometriose, miomas, adenomiose, encurtamento do colo do útero, entre outras. Só que muitas mulheres sequer sabem que essas doenças existem.
“Por isso é importante falar sobre esse assunto. Pois quando há um diagnóstico fechado, é possível buscar um tratamento que pode abrir caminho para uma gravidez segura”, afirma Leonardo.
Graças aos tratamentos que conseguiram fazer, Andréia, Lorena e Thalita podem vivenciar o dia das mães como sempre sonharam, com suas filhas no colo. E a mensagem de todas elas é a mesma: “Nunca desistam do sonho de ser mãe. Busquem médicos que sonhem com você e façam de tudo para que isso aconteça.”
