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Marcella Oliveira: We Forum 2025; liderança feminina impulsiona o empreendedorismo global

Com grandes líderes e especialistas, evento internacional debate inovação, liderança e oportunidades para mulheres nos negócios

Belo Horizonte (MG) se torna, nesta semana, o epicentro das discussões sobre o protagonismo feminino nos negócios. O Women Entrepreneur Forum (WE Forum) reúne grandes líderes, empresárias e especialistas para debater temas essenciais como inovação, economia e a inserção da mulher no mercado de trabalho global. Com a presença confirmada de quase 60 empresárias estrangeiras, além das brasileiras, o evento se consolida como um espaço estratégico para networking e colaboração internacional.

A abertura nessa quarta-feira (26), contou com a presença de Mônica Monteiro, presidente do Capítulo Brasileiro da Aliança Empresarial de Mulheres do BRICS, e Ana Cláudia Badra Cotait, presidente do Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura (CMEC). 

Anna Nesterova, diretora da Global Rus Trade e Presidente da BRICS WBA Rússia, também esteve presente, reforçando o papel do evento na conexão entre lideranças globais. Juntas, enfatizaram a importância da colaboração internacional para fortalecer a presença feminina nos ambientes corporativos.

“Nos inspira ver como culturas ricas e distintas se encontram aqui para fortalecer o papel das mulheres no mundo dos negócios, reescrevendo uma história nova”, destacou Mônica. “Nosso desafio é continuar rompendo barreiras, liderando as mudanças que queremos ver no mundo. Juntas, podemos redefinir o futuro da economia”, disse Ana Cláudia. 

Romeu Zema, governador de Minas Gerais

Anna Nesterova, diretora da Global Rus Trade e Presidente da BRICS WBA Rússia

Ana Cláudia Badra Cotait e Flávio Roscoe

O evento reuniu dezenas de mulheres em Belo Horizonte

 

Os debates do primeiro dia

A liderança feminina foi o tema central do primeiro painel do evento, trazendo insights valiosos sobre construção de redes de apoio e ocupação de espaços estratégicos. Três sessões temáticas abordaram pontos cruciais para o desenvolvimento econômico e social:

  • Política Pública em Foco: Como a formulação de leis e programas pode favorecer a participação feminina no mercado.
  • Agropecuária, Comércio e Indústria: Setores estratégicos e a inserção de mulheres em cadeias produtivas relevantes.
  • Internacionalização das Empresas: Oportunidades e desafios para que empresárias ampliem seus mercados globalmente.

Mônica Monteiro reforçou que o encontro é um espaço essencial para expandir a presença feminina no comércio internacional. “Atualmente, as empresas exportadoras brasileiras que têm mulheres na liderança representam apenas 14% do total nacional, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. A média entre os países que compõem o BRICS é de 24%. Temos um longo trabalho pela frente para aumentar a participação e estimular a inclusão feminina”, disse.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, ressaltou a importância da presença feminina na política e na economia: “Geralmente, a mulher engrandece muito a política. Em Minas Gerais, temos 55 mil detentos e menos de 2.700 são mulheres. Isso mostra como as mulheres são mais éticas e honestas. Quando esse avanço feminino ocorre, a sociedade ganha”.

Sessões temáticas promoveram debate sobre empreendedorismo feminino

O impacto da liderança feminina nos setores produtivos

Na indústria, a presença feminina tem sido cada vez mais expressiva. Flávio Roscoe, presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), apresentou dados que refletem essa evolução: “Em 2008, apenas 24% dos cargos de liderança eram ocupados por mulheres. Hoje, esse percentual subiu para 32%, e 64% dos cargos de liderança da FIEMG são ocupados por mulheres”.

A deputada federal Greyce de Queiroz Elias ressaltou o papel humano da mulher na economia: “Estamos unidos nesse grande propósito, onde Minas possa abraçar todas as comitivas internacionais, onde grandes negócios sairão desse evento. As mulheres têm olhar humano, capacidade de liderar com empatia, de escutar com atenção, de negociar com sensibilidade. Estamos entrando em uma era onde a tecnologia toma conta, e é necessário unir competência e compaixão, estratégia e sensibilidade. Não são só os algoritmos que criam vínculos, são as pessoas. Mulheres são especialistas em pessoas. O futuro do trabalho é feminino, relacional, colaborativo e inclusivo”.

O evento também marcou o lançamento do Prêmio BRICS Women’s Startups Contest, anunciado por Margarete Coelho, diretora de Administração e Finanças do Sebrae Nacional, iniciativa que visa impulsionar startups lideradas por mulheres no bloco econômico.

 

A visão global do impacto feminino na economia

Durante o evento, Leonardo Lahud, especialista em líderes de comércio e investimento no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), destacou os avanços da entidade em relação à equidade de gênero: “Quando olhamos para a nova estratégia do Brasil no BID, um eixo central é a transversalização da equidade de gênero. Todos os projetos financiados pelo banco precisarão ter um alinhamento à equidade de gênero”.

A analista da Apex, Maira Rodrigues, reforçou a necessidade de apoio institucional para a inclusão de gênero em projetos empresariais: “A transversalidade é essencial. Não adianta criar projetos de inclusão se não houver suporte institucional. Essa agenda tem que permear todos os espaços”.

 

Jantar comemorativo

Ao final do primeiro dia, os participantes foram recepcionados em um jantar especial oferecido pela Fecomércio MG, com apresentação da orquestra do Sesi. O anfitrião foi o presidente da Fecomércio, Nadim Elias Donato Filho, que celebrou as conquistas femininas e reforçou o compromisso de líderes e empresários em fortalecer a presença da mulher no ecossistema econômico global.

Isabel Mendes, presidente do CMEC-MG, Nadim Elias Donato Filho, presidente da Fecomércio-MG, e Beatriz Guimarães, presidente do CMEC-DF

O evento continua nesta quinta-feira (27), com uma série de debates, palestras e momentos de networking. Além disso, haverá encontros de negócios, criando oportunidades para união de forças entre empresárias de diferentes países. Criado para reunir mulheres que empreendem em várias partes do mundo, o We Forum se consolida como um marco na construção de uma nova era para o empreendedorismo feminino.

 

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