Redação GPS O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para 25 de março o julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros acusados de envolvimento em uma tentativa de golpe de estado. A decisão ocorre um dia após o ministro Alexandre de Moraes liberar a acusação para análise.
Caso a denúncia seja aceita, Bolsonaro e os demais investigados deixarão de ser apenas indiciados e passarão a responder como réus. A expectativa é que a Primeira Turma do STF, composta por Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Cristiano Zanin, aceite a denúncia por unanimidade.
Os ministros indicados pelo ex-presidente, Nunes Marques e André Mendonça, não participarão da votação, pois fazem parte da Segunda Turma da Corte.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Bolsonaro e mais 33 pessoas por envolvimento na trama golpista, incluindo o general Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-vice na chapa do ex-presidente, e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
A acusação aponta que Bolsonaro teria ciência e participação ativa em um plano para se manter no poder e impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
A denúncia inclui crimes como organização criminosa, tentativa de golpe de Estado, dano ao patrimônio público e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
As investigações foram embasadas na delação de Mauro Cid, além de documentos, testemunhos e registros digitais coletados pela Polícia Federal e analisados pela PGR.
