Levantamento realizado pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), principal ONG voltada à inclusão social e empregabilidade jovem no país, revelou que as mulheres representam 68,6% dos contratos de estágio ativos em janeiro deste ano. Na cidade de São Paulo, esse percentual é ainda maior, chegando a 72,5%.
O estudo também aponta que a maioria dessas estudantes se autodeclara preta ou parda (52%) e tem entre 18 e 24 anos (53%). Além disso, o ensino superior é a realidade predominante entre as estagiárias, com 88% delas matriculadas em faculdades e universidades.
A pesquisa apresenta um panorama detalhado sobre as jovens que ingressam no mercado de trabalho por meio do estágio. No quesito racial, 39% das estagiárias se identificam como pardas e 13% como pretas, enquanto 46% são brancas e 2% se declaram amarelas.
A faixa etária mais comum é de 18 a 24 anos, que representa 53% das estagiárias. Já aquelas com mais de 24 anos somam 41%, enquanto jovens de 16 a 17 anos correspondem a 6%.
Sobre a formação acadêmica, a ampla maioria (88%) está cursando o ensino superior, enquanto 9% ainda estão no ensino médio e apenas 3% frequentam o ensino técnico. Outro dado relevante é que 74% das estagiárias estudam em instituições particulares, enquanto 26% estão em instituições públicas.
O levantamento também destaca aspectos socioeconômicos das jovens no mercado de estágio. Aproximadamente 44% das entrevistadas declararam que suas famílias possuem renda até R$ 1.518, o que evidencia a importância do estágio como uma oportunidade para complementar a renda familiar e garantir a permanência nos estudos.
Além disso, 48% das estagiárias compartilham suas residências com quatro ou cinco pessoas.