O que nasceu no Natal, se consolidou no Carnaval. A relação entre as duas datas faz parte da história da Beija-Flor de Nilópolis, escola de samba eleita vitoriosa em 2025, pela 15ª vez. Sediada no centro de Nilópolis, na região metropolitana carioca, a “Maravilhosa e Soberana” surgiu no Natal de 1948.
Na época, um grupo de amigos formado por Milton de Oliveira (Negão da Cuíca), Edson Vieira Rodrigues, Helles Ferreira da Silva, Hamilton Floriano, José Fernandes da Silva e os irmãos Mário Silva e Walter da Silva, fundou o então chamado Bloco Associação Carnavalesca Beija-Flor.
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Dona Eulália de Oliveira, mãe de Milton e admitida como uma das fundadoras, foi a responsável pelo nome da escola e se inspirou no Rancho Beija-Flor, localizado nas proximidades do bloco.
A trajetória de vitórias começou logo no primeiro ano de desfile municipal, em 1949. O bloco foi tricampeão até 1953, quando passou a ser oficialmente uma escola de samba. Também no primeiro ano dos desfiles do segundo grupo de Carnaval carioca, em 1954, ficou em primeiro lugar.
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Com as cores azul e o branco, a Beija-Flor de Nilópolis é dona de 15 títulos do Carnaval do Rio de Janeiro, o que faz da agremiação a terceira maior campeã do desfile das escolas de samba carioca. Oito desses títulos foram sob comando de Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, conhecido como Laíla, que foi o enredo deste ano.
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Ao longo dos anos, a Beija-Flor incorporou personalidades à sua história, como é o caso de Negão da Cuíca, primeiro presidente da escola, e de sua mãe, Dona Eulália. O carnavalesco Joãozinho Trinta promoveu diversos desfiles vencedores desde 1976, ano em que passou a fazer parte da escola.
É claro que Neguinho da Beija-Flor não ficaria de fora dessa lista. Em 2025, o carnavalesco se despediu do Carnaval em uma apresentação emocionante. Luiz Antonio Feliciano Marcondes é sambista e intérprete da agremiação desde 1975 e, além dos títulos do Carnaval carioca, também foi considerado o melhor intérprete em cinco ocasiões, o que resultou no prêmio Estandarte de Ouro.
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Com tantos momentos marcantes na Sapucaí, a Beija-Flor é dona de enredos que marcaram gerações no País. Em 1976, no primeiro desfile pela escola de Joãozinho Trinta, foi apresentado Sonhar com Rei Dá Leão.
Ratos e Urubus, Larguem a Minha Fantasia, de 1989, O Povo Conta a sua História: Saco Vazio não Para em Pé, a Mão que Faz a Guerra, Faz a Paz, de 2003, Manôa, Manaus, Amazônia, Terra Santa: Alimenta o Corpo, Equilibra a Alma e Transmite a Paz, de 2004, e O vento Corta as Terras dos Pampas, em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Guarani, Sete Povos na Fé e na Dor… Sete Missões de Amor, de 2005, são alguns dos enredos mais marcantes.