Caio Barbieri O cinema brasileiro atingiu um marco histórico com a consagração de Ainda Estou Aqui no Oscar 2025. O longa, que vinha acumulando prêmios internacionais e registrando recordes de bilheteria, consolidou a força da produção audiovisual do país ao levar a estatueta de Melhor Filme Internacional.
Dados da Agência Nacional do Cinema (Ancine) revelam que a produção atraiu mais de 5 milhões de espectadores e arrecadou R$ 104,7 milhões, tornando-se a terceira maior bilheteria nacional desde 2018. O filme ficou atrás apenas de Minha Mãe é uma Peça 3 (2018) e Nada a Perder (2019).
O desempenho também refletiu no setor audiovisual como um todo. Em 2025, a produção respondeu por 32% do público de filmes nacionais e contribuiu para um market share de 30,1% do cinema brasileiro. Sem sua presença, a participação cairia para 22,1%.
Desde sua estreia mundial no Festival de Veneza, onde conquistou o prêmio de Melhor Roteiro, Ainda Estou Aqui acumulou importantes reconhecimentos. No Globo de Ouro 2025, Fernanda Torres venceu como Melhor Atriz em Filme de Drama, resultando em um crescimento de 57% no público da semana seguinte e um aumento de 122% na semana subsequente.
A indicação ao Oscar, anunciada em 23 de janeiro, foi outro catalisador de audiência, gerando um crescimento de 89% no público semanal. A “Semana do Cinema”, realizada em fevereiro, impulsionou ainda mais os números, registrando um salto de 174% e garantindo ao filme sua segunda melhor semana desde a estreia.
Reconhecimento internacional
A jornada vitoriosa de Ainda Estou Aqui também incluiu prêmios como o Goya de Melhor Filme Ibero-Americano e o Prêmio do Público no Festival de Cinema de Roterdã. No Gold Derby Film Awards, levou quatro categorias: Melhor Filme, Filme Internacional, Roteiro e Atriz.
O ponto alto veio em 2 de março de 2025, quando a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas concedeu ao longa o Oscar de Melhor Filme Internacional. A premiação reforça o talento brasileiro e abre portas para futuras produções nacionais no cenário global.
