Anunciado recentemente, o futuro ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), afirmou nesta terça-feira (25) que recebeu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a missão de fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) e reduzir o tempo de espera nos atendimentos.
O anúncio acontece após a saída de Nísia Trindade do comando da pasta, marcando a oitava troca ministerial no atual governo.
“Fortalecer o SUS continuará sendo a nossa grande causa, com atenção especial para a redução do tempo de espera de quem busca cuidado na rede de saúde. Esse é o comando que recebi do presidente Lula e ao qual vou me dedicar integralmente“, declarou Padilha, atualmente ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI).
Padilha também elogiou a atuação de Nísia Trindade, destacando seu papel na reconstrução do sistema de saúde pública.
“Símbolo de compromisso e seriedade à frente da Fiocruz e do Ministério da Saúde, Nísia deixa um legado de reconstrução do SUS, após anos de gestões negacionistas, que nos custaram centenas de milhares de vidas“, afirmou.
A saída da ministra ocorre após um período de desgaste dentro do governo, que culminou na decisão do presidente Lula de substituí-la. A mudança também reflete uma tentativa de dar maior visibilidade ao Ministério da Saúde em um cenário político atual.
Médico infectologista e doutor em Saúde Pública, Alexandre Padilha já esteve à frente do Ministério da Saúde entre 2011 e 2014, durante o governo de Dilma Rousseff (PT). Foi em sua gestão que surgiu o programa Mais Médicos, voltado para a ampliação do atendimento em regiões com escassez de profissionais da saúde.
Além disso, o novo ministro tem experiência na administração pública, tendo ocupado cargos como secretário de Relações Governamentais e secretário municipal de Saúde de São Paulo na gestão de Fernando Haddad. Nos últimos anos, sua atuação esteve voltada à articulação política no governo Lula, cargo em que enfrentou desafios nas negociações com o Congresso Nacional.
A posse de Padilha foi marcada para o dia 6 de março pelo Palácio do Planalto.