De uma família de imigrantes italianos nasceu Jorge Mario Bergoglio. Conhecido atualmente pelo mundo como papa Francisco, o argentino natural de Buenos Aires era o mais velho de cinco filhos e, para a surpresa de muitos, na sua vida prévia ao pontificado, foi técnico químico e atuou no ramo da alimentação.
Jorge Mario aproveitou a adolescência. Como um jovem comum, frequentava festas, tinha seu grupo de amigos e, segundo rumores, foi apaixonado por uma moça chamada Amelia Damonte, mas o relacionamento não foi para frente porque os pais dela não aprovaram a relação.
Quem acompanhou Bergoglio há algum tempo já reparou em sua paixão pelo futebol, como um bom argentino. Ele teve contato com o time San Lorenzo ainda na infância, quando morava no bairro vizinho onde fica a sede do clube. Seu pai, além de ser torcedor fanático do time, era jogador de basquete do San Lorenzo.
Jorgito, como era chamado carinhosamente pela família, cresceu jogando bola. Aos domingos, todos iam para o Viejo Gasómetro, estádio de futebol localizado no bairro de Boedo, ver o San Lorenzo jogar.

Foto: Reprodução/Instagram
Apesar do amor pelo esporte, a missão de Jorge Mario era fora das quadras. Ao ser designado por seu professor de religião a preparar dois colegas para a primeira comunhão, aos 15 anos, seu caminho religioso foi iluminado. Então, aos 21, após concluir o curso técnico em química, ingressou no seminário da Companhia de Jesus, conhecido por seu trabalho missionário e educacional, e se formou em filosofia.
Ainda em sua juventude, contraiu uma doença respiratória tendo que se submeter a uma cirurgia para retirar um pulmão.
Foi no Chile que realizou estudos humanísticos e, em 2960, foi oficializado como um jesuíta, realizando votos de pobreza, castidade e obediência. Por anos, atuou como professor de Filosofia em colégios e universidades religiosas.
A formação em Teologia abriu o caminho para o reconhecimento como sacerdote da Igreja Católica, encerrando sua formação religiosa na Espanha. Nos anos seguintes, foi o chefe da Companhia de Jesus na Argentina, mas, como um reflexo na boa oratória e da clara vocação, retornou às salas de aula.
Em 2001, Jorge Mario foi nomeado cardeal pelo papa João Paulo II, e, quatro anos depois, participou do conclave que elegeu Bento XVI. Na ocasião, foi o segundo sacerdote mais votado para ser o novo papa.
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Então, quando Bento XVI renunciou por causa de questões de saúde, deu-se início a um novo conclave. Na quinta eleição, Bergoglio foi nomeado o 266º pontífice e marcou história como o primeiro papa jesuíta e originário do continente americano.
Quando lhe foi perguntado, na Capela Sistina, se aceitava a escolha, disse: “Eu sou um grande pecador, confiando na misericórdia e paciência de Deus, no sofrimento, aceito”.
Como manda a tradição, Jorge Mario precisou decidir qual seria seu novo nome. Francisco foi a escolha, por causa de São Francisco de Assis, sacerdote do século XIII que ficou famoso por sua humildade e por cuidar dos pobres.
Marcado por adotar um estilo de vida simples — continuou morando em um apartamento sem luxos e usando o transporte coletivo da cidade —, Francisco adotou posições que seguiam aos padrões vistos na chefia da Igreja Católica, mas, por diversas vezes, também tinha condutas progressistas do ponto de vista católico. “O meu povo é pobre e eu sou um deles”, disse por diversas vezes.
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Forte crítico da desigualdade social e defensor da flexibilização das leis imigratórias, o papa chamou atenção ao apoiar o direito de homossexuais se casarem legalmente e formarem uma família, bem como tem alguma abertura para a questão dos métodos contraceptivos.
Como um triste retorno à juventude, o papa Francisco, aos 88 anos, morreu em decorrência de problemas pulmonares, como apresentou na fase de jovem adulto. De acordo com informações do Vaticano, o Santo Padre não resistiu às complicações da condição atual de saúde . A notícia foi confirmada pela Santa Sé, sede mundial da Igreja Católica e pelo cardeal Kevin Farrell.