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Relembre momentos que o papa Francisco deu declarações polêmicas

O pontífice defendeu a união civil entre pessoas do mesmo gênero, chamando atenção para sua postura em favor dos direitos LGBTQIA+

Desde o momento em que assumiu como líder da Igreja Católica Apostólica Romana, o papa Francisco foi uma figura de grande destaque, tanto pela sua postura humilde, quanto pelas declarações que frequentemente desafiam normas e tradições da Igreja Católica. Em sua trajetória, o pontífice argentino foi alvo de críticas e elogios, especialmente por suas opiniões sobre temas polêmicos como direitos das mulheres, comunidade LGBTQIA+, abuso de menores e questões sociais.

Em um de seus pronunciamentos mais controversos, o papa se posicionou a favor da união civil entre pessoas do mesmo gênero, marcando um momento decisivo em sua defesa pelos direitos da comunidade LGBTQIA+. No entanto, suas palavras nem sempre foram recebidas positivamente, como no recente uso de um termo pejorativo ao se referir à homossexualidade, o que gerou novas críticas à sua postura.

Em meio a esses episódios, Francisco manteve seu compromisso com a justiça social, a inclusão e a proteção dos mais vulneráveis, sempre enfatizando a importância da dignidade humana e o respeito à vida. Confira algumas de suas declarações mais marcantes: 

Nada vale mais do que a vida de uma criança

Em 3 de fevereiro de 2025, o papa Francisco abriu o Encontro Internacional sobre os Direitos das Crianças no Vaticano, com um discurso que ganhou destaque. “Nada vale mais do que a vida de uma criança”, declarou, convocando todos a se levantarem contra a guerra, a violência e a injustiça que continuam a ameaçar o futuro das novas gerações.

Durante sua fala, o pontífice enfatizou que a infância se tornou uma “periferia da existência”, onde as crianças se encontram frequentemente marginalizadas, até mesmo nas cidades mais ricas. Francisco denunciou a violência que destrói a inocência, inclusive o aborto, que, segundo ele, “suprime a vida” e “corta a fonte de esperança de toda a sociedade”. A reflexão levou a um apelo urgente para que o mundo não se acostume com o mal, alertando que matar crianças é negar o futuro da humanidade.

Existência digna das mulheres portadoras da vida

Em 2024, no IV Domingo da Quaresma, o papa Francisco dirigiu uma saudação especial a todas as mulheres. Relembrando o Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, o pontifício expressou a preocupação com a dignidade não reconhecida de muitas e destacou a responsabilidade das instituições sociais e políticas em proteger e promover a dignidade das mulheres, portadoras da vida.

“Ainda há muito trabalho a ser feito por cada um de nós para que a dignidade das mulheres seja concretamente reconhecida. São as instituições, sociais e políticas, que têm o dever fundamental de proteger e promover a dignidade de todo ser humano, oferecendo às mulheres, portadoras da vida, as condições necessárias para que possam acolher o dom da vida e assegurar a seus filhos uma existência digna”, afirmou.

Papa critica casais que optam por pets em vez de filhos: “Isso não é certo”

Em setembro de 2024, durante uma conversa com o presidente da Indonésia, o pontífice exaltou o fato dos indonésios ainda terem muitos filhos.“No seu país, as pessoas têm três, quatro ou cinco filhos, esse é um exemplo para todos os países, enquanto alguns preferem ter apenas um gato ou um cachorrinho. Isso não pode dar certo”, afirmou Francisco, em tom de brincadeira ao presidente indonésio, que caiu na gargalhada. 

Papa Francisco voltou a usar o termo frociaggine

Em junho de 2024, Francisco voltou a gerar polêmica ao repetir o uso do termo “frociaggine”  — um termo ofensivo, que pode ser traduzido para o português como “bicha” ou “viado” — em reuniões com bispos, expressão considerada ofensiva contra a comunidade LGBTQIAPN+. A repetição do episódio, ocorrida menos de um mês após uma primeira declaração semelhante, provocou reações imediatas de grupos de defesa dos direitos LGBTQIAPN+ e de setores progressistas da Igreja Católica. Enquanto o Vaticano tentou minimizar o impacto das palavras do pontífice, afirmando que não houve intenção de ofensa, críticos apontaram que as declarações dificultam a construção de um diálogo mais inclusivo dentro da Igreja e reforçam estigmas.

Abuso de crianças é uma doença

Em mais de uma ocasião, o papa Francisco comentou sobre abusos sexuais cometidos contra menores de idade, incluindo os abusos cometidos dentro da Igreja Católica. Em 9 de fevereiro de 2017, ele abordou o abuso sexual por parte do clero, dizendo que abusar de crianças é “uma doença”. Na ocasião, o pontífice declarou que a Igreja Católica deve fazer mais esforços na seleção dos candidatos que aspiram ao sacerdócio.

Em 2018, durante uma visita no Chile, Francisco voltou a se referir à questão do abuso de menores por parte de representantes da Igreja, e disse sentir “dor e vergonha” pelo mal que lhes foi feito. Anteriormente, em 2015, o Papa expressou sua “profunda tristeza” pelo abuso sexual de menores dentro da Igreja e prometeu que os responsáveis ​​seriam responsabilizados. “Peço a vigilância da Igreja para proteger os menores e prometo que todos os responsáveis ​​serão responsabilizados”, disse ele aos bispos nos Estados Unidos. 

A Igreja deve pedir perdão aos homossexuais

Em 26 de junho de 2016, o Papa Francisco fez uma declaração marcante ao abordar a relação da Igreja Católica com a comunidade LGBTQIAPN+ e outros grupos historicamente marginalizados. Durante uma conversa com jornalistas a bordo do avião papal, o pontífice afirmou que a Igreja tem a responsabilidade de reconhecer seus erros e buscar a reconciliação com aqueles que foram discriminados ao longo da história. “Eu acho que a igreja não deve somente pedir desculpas… não só devem pedir perdão a esta pessoa que é  homossexual, mas também aos pobres, às mulheres exploradas, às crianças exploradas pela sua mão de obra, tem que pedir perdão por haver abençoado muitas armas”, disse.

Eu não queria ser papa

Em junho de 2014, durante um encontro com estudantes católicos da Itália e da Albânia, o papa surpreendeu ao responder de maneira espontânea a uma pergunta inusitada feita por uma criança. Ao ser questionado sobre o motivo de querer se tornar papa, Francisco foi direto: “Eu não queria”. O pontífice explicou que assumir o papado não era um desejo pessoal, mas um chamado divino, acrescentando que “uma pessoa que quer se tornar papa não ama a si mesma. E Deus não a abençoa”. 

Os comunistas roubaram a bandeira dos pobres

Em junho de 2014, durante uma entrevista ao jornal italiano Il Menssaggero, o papa se referiu aos pobres e disse que os comunistas roubaram a bandeira dos pobres da Igreja.

“Os comunistas roubaram nossa bandeira. A bandeira dos pobres é cristã (…). A pobreza é o centro do Evangelho… Os comunistas dizem que toda essa pobreza é algo comunista. Sim, claro, por que não?… Mas vinte séculos depois (a partir da redação do Evangelho). Quando eles falam, podemos dizer-lhes: ‘Mas eles são cristãos!’” disse o papa ao Il Messagero.

Papa Francisco e a vacina contra a Covid-19

Em setembro de 2021, o Papa Francisco demonstrou preocupação com a resistência de muitas pessoas, incluindo membros da própria Igreja, em se vacinar contra a Covid-19. Durante uma coletiva de imprensa a bordo do avião papal, no retorno de sua viagem à Eslováquia, o pontífice destacou o histórico positivo da humanidade com a vacinação e questionou a rejeição às imunizações.

“É um pouco estranho porque a humanidade tem uma história de amizade com as vacinas”, afirmou Francisco ao responder a um jornalista sobre a hesitação vacinal. Ele ainda lembrou que, no passado, doenças como sarampo e poliomielite foram combatidas com vacinas amplamente aceitas. “Quando crianças, fomos vacinados contra sarampo e poliomielite. Todas as crianças foram vacinadas e ninguém disse nada”, acrescentou.

 

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