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Colisão com pássaro destrói parte da frente de avião da Latam

Aeronave voltou para o Galeão e pousou em segurança. Na véspera, voo da Azul declarou "mayday fuel"

A companhia aérea Latam informou que a aeronave que realizava o voo LA3367 (Rio de Janeiro/Galeão-São Paulo/Guarulhos), que decolou às 10h35 desta quinta-feira (20), retornou ao aeroporto da capital fluminense após um bird strike (colisão com pássaro). O pouso ocorreu às 11h04, e o voo que iria para São Paulo foi cancelado. A parte da frente do avião ficou destruída.

A Latam lamenta os transtornos causados e informa que está oferecendo a assistência necessária para todos os clientes impactados, que serão reacomodados em voos da companhia previstos para hoje e amanhã (20 e 21). Por fim, a Latam reitera que adota todas as medidas de segurança técnicas e operacionais para garantir uma viagem segura para todos”, diz nota divulgada pela empresa.

Em seu Linkedin, o diretor executivo da Latam, Jerome Cadier, comentou o incidente e disse podia apostar que a primeira ação na justiça contra a companhia aérea, pedindo indenização por dano moral por cancelamento do voo chegaria “amanhã mesmo”.

Hoje um desabafo! Agora há pouco, mais uma colisão com pássaro (bird strike, na aviação). A aeronave voltou em segurança, mas obviamente o voo foi cancelado, atrapalhando a vida de todos os passageiros, e obviamente da cia [companhia] aérea também. Posso apostar com vocês que a primeira ação na justiça contra a cia aérea, pedindo indenização por dano moral por cancelamento deste voo vai chegar amanhã mesmo…e assim segue a aviação brasileira…a pergunta é: quem paga a conta?”, escreveu o executivo.

Emergência de combustível na Azul
O incidente com o avião da Latam ocorreu no dia seguinte que um Airbus A320 da Azul Linhas Aéreas declarou emergência por nível crítico de combustível após falhas em duas tentativas de pouso devido ao mau tempo. O voo AD 4871 saiu de Campinas (SP) com destino a São Luís (MA), nesta quarta-feira (19), mas não conseguiu aterrissar por conta das condições climáticas e alternou a rota para Teresina (PI). Também não houve condições de pouso e o piloto informou a situação de “mayday fuel” ao controle do tráfego aéreo de Teresina. A aeronave acabou pousando em Parnaíba (PI).

Em nota, a Azul confirma o desvio do voo para Teresina e Parnaíba, por questões climáticas adversas, e diz que a aterrissagem, em Parnaíba, se deu “com total segurança e seguindo todos os protocolos”. Informou ainda que, em seguida, o voo prosseguiu para a capital maranhense, onde clientes e tripulantes desembarcaram.

O que significa ‘mayday fuel’?
O protocolo da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) estabelece que o “mayday fuel” deve ser declarado quando o avião tem autonomia para menos de 30 minutos de voo. Nesse caso, ele passa a ter prioridade absoluta de pouso.

O voo saiu às 13h23 do aeroporto de Viracopos, em Campinas, e pousaria às 16h25, em São Luís. Com a chuva forte e ventos de 40 km/h, a Airbus não conseguiu pousar e a tripulação retornou para Teresina. Na aproximação, o piloto conversou com a torre de controle do aeroporto que confirmou a impossibilidade do pouso devido ao mau tempo. O piloto declarou o “mayday fuel”, indicando emergência por combustível, e recebeu autorização para pousar em Parnaíba, a 300 km em linha reta. O pouco aconteceu às 17h49.

Áudios postados em redes sociais mostram o diálogo do piloto com o controle de voo de Teresina. “4871 informa mayday fuel. Preciso das condições de Parnaíba, São Luís ou se houve alguma melhora aí em Teresina”, diz. O controle responde: “Em Teresina, negativo. Em Parnaíba, operação visual, teto 9 mil pés, temperatura uno, cinco, nove, zero graus, vento 27”, diz.

De acordo com a Anac, o piloto em comando deve declarar uma situação de emergência de combustível, utilizando “mayday’” quando quantidade de combustível utilizável que, conforme calculado, estaria disponível ao pousar no aeródromo em que um pouso seguro pode ser feito for inferior à quantidade de combustível de reserva. A quantidade de combustível é calculada de acordo com as horas de voo até o destino, mais uma reserva de 30 minuto de voo.

Na nota, a Azul destacou que “os clientes impactados receberam toda assistência necessária, conforme prevê a Resolução 400 da Anac. A Azul ressalta que medidas como essas são necessárias para conferir a segurança de suas operações, valor primordial para a companhia”. A resolução citada estabelece as condições gerais aplicáveis ao transporte de passageiros doméstico e internacional. A Anac informou que o registro e apuração de incidentes dessa natureza são feitos pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

O Cenipa informou que foi notificado sobre o evento envolvendo a aeronave de matrícula PR-YSF, no Aeroporto Internacional de Parnaíba. A matrícula corresponde ao do Airbus da Azul. Segundo a nota, os dados relativos ao acontecimento já foram coletados pelos investigadores do Cenipa e a ocorrência será tratada conforme os preceitos do Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional da Organização de Aviação Civil Internacional (Oaci).

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