Raphael Oliveira O Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico do Distrito Federal (Codese-DF) iniciou um ciclo de eventos focados na revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT), instrumento essencial para o planejamento e ordenação do crescimento do DF. Em vigor desde 2009, o PDOT define diretrizes para o uso do solo e a expansão urbana, abordando questões como transporte, habitação, saneamento e meio ambiente.
O presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Wellington Luiz, destacou a importância de se atualizar a legislação. “Se tem alguma barreira legislativa que impede o crescimento do Distrito Federal sobre o melhor aproveitamento da densidade populacional, temos que mudar a lei. O que não pode é o desenvolvimento ficar parado por conta de mal planejamento do passado”, afirmou. O parlamentar também disse que, a partir de novembro, o projeto será submetido à votação na Câmara Legislativa, segundo a previsão de envio pelo GDF.
A presidente da Comissão de Assuntos Fundiários da CLDF, deputada distrital Jaqueline Silva, enfatizou a necessidade de um crescimento ordenado e sustentável. “Crescer é fundamental, mas de forma organizada. Como moradora de Santa Maria, sei das dificuldades de mobilidade que enfrentamos. Não adianta construir moradias sem garantir transporte, saúde e educação para a população”, disse.
Para o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SEDUH), Marcelo Vaz, há urgência na revisão na revisão do PDOT. “Se não avançarmos na revisão do Plano Diretor este ano, corremos o risco de ter uma norma desatualizada por 20 anos, beneficiando quem quer a irregularidade”, destacou.
O presidente do Codese-DF, Leonardo Ávila, encerrou o encontro com uma visão de longo prazo: “Precisamos pensar a cidade para o futuro, e o PDOT é o momento para tratarmos da ocupação ordenada e regularizada do Distrito Federal da melhor maneira possível”, afirmou.
O evento contou ainda com o apoio de entidades como o Sinduscon-DF, Ademi-DF, Secovi-DF, Asbraco e Fibra. A revisão do PDOT continua sendo uma prioridade para a administração pública, com impactos diretos na qualidade de vida da população e no desenvolvimento sustentável da região.
