O PSDB, legenda que marcou a política nacional com figuras como Franco Montoro, Fernando Henrique Cardoso e Mário Covas, pode estar próximo do fim. A sigla estabeleceu o mês de março como prazo para definir sua fusão ou incorporação a outro partido, um movimento que deve selar seu desaparecimento do cenário político brasileiro. A informação é da Folha de S.Paulo.
A decisão ocorre em meio a uma disputa entre MDB e PSD, que buscam atrair os tucanos para ampliar suas bancadas e recursos partidários. O partido que conseguir a incorporação do PSDB garantirá um salto na Câmara dos Deputados, agregando os 13 parlamentares eleitos pela sigla em 2022 e aumentando seu fundo partidário.
O atual presidente do PSDB, Marconi Perillo (foto em destaque), tem conduzido reuniões com lideranças das duas legendas interessadas na fusão. Na última semana, ele se encontrou com Michel Temer e Baleia Rossi, do MDB, e já havia dialogado anteriormente com Gilberto Kassab, do PSD.
A crise no PSDB já vinha se intensificando nos últimos anos. A sigla perdeu vereadores na capital paulista e viu sua candidatura com José Luiz Datena à Prefeitura de São Paulo fracassar, obtendo apenas 1,84% dos votos.
Sem força política, a fusão passou a ser tratada como inevitável para garantir a sobrevivência de seus integrantes.