O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, classificou, nesta sexta-feira (17), o novo programa de renegociação da dívida dos Estados como “generosa”, devido ao rombo que o mesmo pode gerar às finanças da União. A declaração foi feita após os vetos do presidente Lula em relação ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag).
“Vai passar de IPCA mais 4% os juros da dívida, que já foi renegociado, para não ter juros. Então, o governo federal vai captar a Selic e vai financiar a 0%. É impressionante o rombo que isso causa”, disse Alckmin.
Cálculos do Tesouro estimam que um impacto financeiro anual de R$ 20 bilhões para a União, num cenário mais extremo de adesão geral dos Estados ao novo programa. “Mas os estudos da FGV dizem que pode ser R$ 50 bilhões por ano de déficit nominal”, acrescentou Alckmin.
Para o vice-presidente, a receita de venda de ativos de administrações públicas deveria servir para o abatimento das dívidas, e não para gastos com pessoal e custeio.
*Com informações do Estadão