O Ministério da Fazenda solicitou à Polícia Federal (PF) a investigação de um indivíduo que estaria compartilhando indevidamente o CPF do ministro Fernando Haddad em grupos de aplicativos de mensagem. A informação foi revelada pelo jornal Valor Econômico.
De acordo com a publicação, o suspeito estaria utilizando um número de telefone celular registrado na Bahia. A situação teria relação com a recente revogação de uma norma da Receita Federal que ampliava a fiscalização sobre transferências mensais superiores a R$ 5 mil realizadas por pessoas físicas.
O pedido de investigação busca prevenir “maiores riscos” à segurança pessoal do ministro e impedir potenciais crimes contra a ordem tributária e fiscal.
Além de circular em aplicativos de mensagens, o CPF de Haddad foi compartilhado em redes sociais por perfis que incentivavam o uso do número em notas fiscais após compras.
A ideia era que, com valores declarados muito superiores à remuneração de um ministro de Estado, o cadastro de Haddad despertasse a atenção dos órgãos de controle.
Esse movimento surgiu após a revogação de uma instrução normativa da Receita Federal, que originou uma série de notícias falsas sobre a suposta taxação de operações via Pix.
A revogação foi anunciada em coletiva pelo secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, ao lado de Haddad, no Palácio do Planalto, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na sequência, o governo publicou uma medida provisória para abordar o tema de forma mais clara e definitiva.