GPS Brasília comscore

MPF dá 30 dias para Meta explicar mudanças na moderação de conteúdos

A empresa afirmou que pretende abandonar a checagem de fatos e implementar "comentários da comunidade"

O Ministério Público Federal de São Paulo notificou a empresa Meta, que controla o Facebook, Instagram e Whatsapp, na tarde desta quarta-feira (8) enquanto as mudanças de política de moderação de conteúdos que pretende implementar no Brasil. O prazo para a resposta é de 30 dias. As informações são da CNN.

O MPF solicita os seguintes pontos:

-Informe expressamente se as mudanças anunciadas na data de ontem, para a política de moderação de conteúdos das plataformas digitais Facebook/Meta e Instagram, serão ou não, aplicadas também no Brasil;

– Em caso positivo, informe expressamente a partir de quando tais mudanças seriam implementadas no Brasil;

– Preste informações detalhadas sobre as mudanças que eventualmente forem realizadas no Brasil, especificando, entre outros:

– A partir de quando eventuais rompimentos com agências de checagem serão realizados;

– Qual a extensão deste rompimento, isso é, quantas agências de checagem deixarão de trabalhar em favor da moderação de conteúdo nas referidas plataformas;

– Quais as violações, praticadas nas plataformas, passarão a ser consideradas, doravante, pelos responsáveis como “violações legais” e “violações graves” , e seguirão sendo objeto de moderação ativa e espontânea, e quais violações, ao revés, passarão a ser consideradas “de baixa gravidade” , tornando-se objeto de moderação apenas e tão somente após provocação de terceiros, uma vez que o anúncio realizado na data de ontem não especificou detalhes desses enquadramentos, e eles se tornam, com as mudanças indicadas, estruturantes de regimes diversos de moderação de conteúdo promovida pela Meta;

– Quais “restrições em temas como imigração e gênero que são objeto de frequentes discursos políticos e debates” serão eliminadas, esclarecendo quais os impactos de tais mudanças para a política de moderação que, segundo informado nestes autos, seria aplicada hoje para conter discurso de ódio.

O ofício foi encaminhado em inquérito civil que tramita desde 2021, que apura a responsabilidade das big techs nos conteúdos postados pelos usuários.

“Se em dada plataforma digital se adota uma política de moderação praticamente zero para conteúdos socialmente danosos, ou se ela não dispõe de canais mínimos pelos quais seus usuários podem reportar violações a termos de uso e a regras de comunidade, para medidas cabíveis, estamos diante de situações que podem implicar culpa própria desses provedores, por vícios no desenho de seus produtos, capazes de trazerem graves prejuízos a centenas de milhões de pessoas, e de fundamentar, por consequência, responsabilidades civis a ser apurada judicialmente”, disse o MPF.

Veja também

A verdadeira beleza da pele vai muito além dos cuidados …

Aproveite a chegada da nova estação para variar nos rótulos

GPS Brasília é um portal de notícias completo, com cobertura dos assuntos mais relevantes, reportagens especiais, entrevistas exclusivas e interação com a audiência e com uma atenção especial para os interesses de Brasília.

Edição 41

Siga o GPS

Newsletter

@2024 – Todos os direitos reservados.

Site por: Código 1 TI