Nesta segunda-feira (6), o dólar encerrou o dia em baixa, cotado a R$ 6,11, após sinais de que o governo de Donald Trump poderia adotar tarifas de importação menos rigorosas do que o prometido durante a campanha.
Segundo o “The Washington Post”, assessores do ex-presidente sugerem a aplicação de tarifas mais elevadas apenas em setores estratégicos como energia e defesa, uma medida que foi desmentida por Trump em suas redes sociais.
“Isso está errado. O Washington Post sabe que está errado. É apenas outro exemplo de ‘fake news’,” declarou Trump.
A perspectiva de tarifas reduzidas foi bem recebida pelo mercado, uma vez que pode aliviar a inflação nos Estados Unidos, reduzindo a necessidade de aumentos nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed). Juros menores tornam títulos públicos americanos menos atraentes, incentivando investidores a buscar aplicações mais arriscadas ou em países com taxas mais elevadas, o que enfraquece o dólar.
Além disso, a divulgação de dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos, prevista para esta semana, pode influenciar as futuras decisões do Fed.
No Brasil, o mercado aguarda o índice de inflação de dezembro e o fechamento de 2024, com divulgação prevista para sexta-feira (10). A expectativa é que a meta de inflação, fixada entre 1,5% e 4,5%, seja ultrapassada pelo terceiro ano consecutivo.
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, acompanhou o cenário internacional e fechou em alta.
Resumo dos mercados:
O dólar caiu 1,14%, fechando a R$ 6,1109, acumulando uma queda de 1,11% no mês e no ano. Na última sexta-feira (3), a moeda norte-americana havia fechado em alta de 0,30%, cotada a R$ 6,1811.