O Brasil retomou o status de país majoritariamente de classe média, com 50,1% das famílias nas classes C, B e A (renda acima de R$ 3,4 mil). O marco, registrado pela primeira vez desde 2015, é atribuído ao crescimento econômico, aumento da renda do trabalho e redução da desigualdade.
Segundo dados da Tendências Consultoria, a ascensão social foi impulsionada por políticas de valorização do salário mínimo e pela criação de empregos formais durante o governo Lula (PT). Em 2024, a renda domiciliar das classes C (R$ 3,5 mil a R$ 8,1 mil) e B (R$ 8,1 mil a R$ 25 mil) cresceu 9,5% e 8,7%, respectivamente.
Emprego e renda em alta
O fortalecimento do mercado de trabalho teve papel central no avanço social, com a geração de 3,6 milhões de empregos formais entre janeiro de 2023 e setembro de 2024. A taxa de desemprego caiu para 6,1% no trimestre encerrado em novembro de 2024, o menor índice da história, segundo o IBGE.
Para o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT), a melhoria da qualidade do emprego foi determinante. “O retorno do Brasil à condição de país de classe média se deve à melhoria da qualidade do emprego a partir de 2023”, afirmou nas redes sociais.
A economista Camila Saito, da Tendências Consultoria, destacou a importância da recuperação econômica pós-pandemia. “Desde 2023 houve uma migração importante de famílias para a classe C, reflexo direto do fortalecimento do mercado de trabalho.”