Fernanda Moura Muitos aguardam ansiosamente a chegada do fim de ano para tirar um tempo de descanso e viajar. Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), só em 2023, dos 112,6 milhões de brasileiros viajaram de avião, 21,2 milhões optaram por destinos internacionais.
Para aqueles que embarcam em direção a outros países, um dos pontos de maior desconforto é a duração da viagem. Em um voo entre São Paulo e Roma, por exemplo, o trajeto pode levar cerca de 11 horas.
Nesses casos, além de ficar longas horas sentado, afetando o humor e o relógio biológico, a saúde do passageiro também pode ser impactada, já que há possibilidade de surgirem problemas como desidratação, dores musculares e ressecamento nasal.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular Regional (SBACV), existe, ainda, o risco de trombose venosa profunda, conhecida também como “trombose do viajante”.
Por ficar muitas horas sem se movimentar, podem ser formados coágulos sanguíneos nas veias dos membros inferiores, obstruindo a passagem de sangue e causando dor e inchaço na região. Sem o devido cuidado, podem ser desencadeados quadros mais graves, como a embolia pulmonar.
Por outro lado, é possível evitar esse tipo de situação, com a adoção de medidas simples, como fazer caminhadas pela aeronave. Também é recomendado pela SBACV se manter hidratado, já que a água afina o sangue e diminui o risco da formação de colágenos, usar meia elástica de média compreensão, movimentar os pés e a panturrilha mesmo quando sentado, além de evitar bebidas alcoólicas e medicações sedativas.
Antes da viagem, cuidados também podem ser adotados, como a escolha da roupa. A recomendação é priorizar tecidos leves e confortáveis, que não sejam apertados e restrinjam o movimento.
