A Mercedes-Benz e a Enel X Way anunciaram a ampliação do contrato de cooperação até o fim de 2024. Desde 2020, todos os veículos elétricos da montadora são entregues com um carregador elétrico. O contrato entre as duas empresas garante esse serviço até o fim do ano que vem.
Três anos atrás, a Mercedes lançava o EQC 400 4Matic, primeiro modelo 100% elétrico da montadora. Só no primeiro ano de atuação no país, a Enel X Way colocou no mercado brasileiro mais de 500 carregadores públicos e semipúblicos para veículos elétricos. Também foram mais de 3 mil carregadores entregues para o setor privado no período.
Este total se divide entre equipamentos rápidos e semirrápidos em estradas, postos de abastecimento, indústria, comércio e residências em parcerias com montadoras, concessionários, distribuidores de combustível e redes de estacionamentos.
Enquanto isso, na Europa
A Audi está expandindo a rede de recarga de carros elétricos. A montadora inaugurou a terceira estação de carregamento ultrarrápido para veículos elétricos em Berlim. A marca das quatro argolas já possui postos de carregamento elétrico e Nuremberg e Zurique, na Suíça.
Equipada com baterias seminovas de veículos de testes da Audi desmontados, a estação de carregamento, compartilhada com um supermercado ao lado, realiza a recarga das baterias somente em períodos em que a loja exigir baixo consumo de energia. Assim, o sistema de controle de carga dinâmico e inteligente que a Audi desenvolveu internamente garante o uso eficiente da infraestrutura de energia existente.
Produção de carros sobe, mas…
Os dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) mostram que houve um crescimento de 16,3% nas vendas do primeiro trimestre. Os valores até poderiam empolgar, mas o contexto de 2022 era de estoques baixos e dificuldade na entrega.
“Nesses três primeiros meses tivemos oito paralisações de fábrica e dois cancelamentos de turno, algo semelhante às paradas verificadas no início de 2022. A diferença é que no ano passado o motivo era somente a falta de componentes, enquanto agora já há outros fatores provocando férias coletivas, como o resfriamento da demanda”, explicou Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea.
Ainda de acordo com o presidente da entidade, o momento seria mais complicado se não fossem as vendas de locadoras, que subiram 28% no período. “Essas empresas ainda têm uma considerável demanda reprimida, mas isso não vai sustentar nossos volumes por tanto tempo caso não haja uma reação mais forte no varejo, o que depende de melhorias nas condições de financiamento, entre outras medidas para reaquecer o mercado”, analisou Leite.