O mundo está cada vez mais interconectado, e o comércio exterior desponta como uma das principais vias para o crescimento dos negócios. No entanto, aproveitar as oportunidades do mercado global exige preparação para enfrentar desafios que vão desde questões regulatórias e oscilações cambiais até a adaptação cultural e logística.
No Brasil, as perspectivas são promissoras. Dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) revelam que, de janeiro a novembro de 2024, a balança comercial nacional apresentou um superávit de USD 65,47 bilhões. No entanto, comparado ao mesmo período de 2023, as exportações caíram 1%, totalizando USD 293,08 bilhões, enquanto as importações cresceram 8%, somando USD 227,61 bilhões.
Presidente das unidades do World Trade Center (WTC) em Curitiba, Joinville, Porto Alegre, Sinop, Balneário Camboriú e Brasília, Daniella Abreu destaca que com planejamento e suporte adequados, muitas empresas podem conquistar espaço no mercado internacional. Contudo, ela reforça a necessidade de desenvolver uma cultura exportadora mais sólida e abrangente no País. “O comércio global representa uma infinidade de oportunidades para empresas brasileiras, principalmente nos setores de agronegócio, indústria e tecnologia”.
Muitas instituições brasileiras já oferecem oportunidades de “matchmaking” e até linhas de crédito voltadas para negócios internacionais.
A tecnologia também desempenha um papel vital na expansão para mercados internacionais. Ferramentas como blockchain e big data estão transformando o comércio exterior, aumentando a eficiência e a segurança das transações. “Plataformas digitais permitem que empresas vendam diretamente a consumidores estrangeiros, eliminando intermediários e reduzindo custos”, observa a presidente do WTC, enfatizando o papel do e-commerce como porta de entrada para pequenas e médias empresas (PMEs) no mercado global.
Essas ferramentas também fortalecem a imagem dos produtos brasileiros, algo essencial em um cenário em que rastreabilidade e transparência são cada vez mais valorizadas. Embora o potencial seja imenso, barreiras regulatórias e culturais ainda podem dificultar a entrada em novos mercados. Exportar para a União Europeia, por exemplo, requer conformidade com padrões ambientais e sanitários rigorosos, enquanto mercados asiáticos demandam adaptações em embalagens e estratégias de marketing.
Por isso, Daniella Abreu enfatiza a importância de conhecimento e capacitação. “É fundamental que as empresas saibam como utilizar as ferramentas certas e criar estratégias que atraiam o público-alvo de maneira eficaz. A orientação sobre mercados internacionais é essencial para que as organizações brasileiras atuem de forma competitiva. No WTC, nosso papel é justamente apoiar as empresas nessa jornada, tornando o processo de exportação ou importação mais fluido e ajudando-as a enfrentar cada obstáculo com confiança”, destaca.
Para o Brasil se destacar no cenário global, será necessário avançar em setores de maior valor agregado, como tecnologia e serviços especializados. “A internacionalização das empresas brasileiras não depende apenas de adaptação aos mercados, mas também de uma visão estratégica para diversificar e consolidar sua presença global”, pontua.
O WTC, reconhecido como um dos principais clubes de negócios internacionais, conecta metrópoles ao redor do mundo e desempenha um papel essencial nesse processo. “O Brasil tem produtos e práticas que interessam ao mercado. Nosso trabalho é ajudar as empresas a alcançar o mercado global e a se posicionarem de forma competitiva”, conclui.
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