Segurança pública e cibernética foram temas de destaque no Fórum Brasil, realizado nesta quarta-feira (13), em Brasília. Com debates sobre inovação, inteligência artificial e segurança jurídica, o evento, promovido pelo Lide Nacional, TV 247 e Lide Brasília, com apoio do Banco de Brasília (BRB), reuniu importantes figuras do cenário político e empresarial. A segurança pública ganhou destaque especial, refletindo as preocupações com o crime organizado.
O secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, destacou o aumento da violência urbana e rural, bem como o poder das organizações criminosas. Sarrubbo alertou sobre a necessidade de uma resposta legislativa mais firme para combater o ciclo econômico do crime organizado. “É preciso ajustes na legislação. Não podemos fugir desse assunto. Precisamos enfrentar o crime organizado na sua essência, que é no seu ciclo econômico”, afirmou, ressaltando a complexidade crescente dos grupos criminosos.
O secretário também comentou sobre o recente assassinato ligado ao crime organizado no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, caracterizando o ato como uma “queima de arquivo”, prática comum entre organizações mafiosas para silenciar testemunhas ou envolvidos. “É lamentável. Já temos diagnóstico de um crime organizado. Estamos em um estágio acima, com atividades típicas de mafiosos. Isso deixa claro o poder dessas máfias”, acrescentou, apontando para o avanço de ações que desafiam o Brasil.
No contexto da segurança cibernética, Paulo Henrique Costa, presidente do BRB, reforçou a urgência de inserir a proteção digital nos debates nacionais, especialmente com a expansão das transações digitais e da vulnerabilidade de dados. Ele enfatizou que a proteção de dados e a segurança no ambiente digital devem ser tratadas com a mesma seriedade que as questões físicas de segurança pública. “Nossa mensagem é a importância de que a segurança cibernética e a proteção do sistema financeiro precisam ser inseridas nos debates e consideradas em todas as ações,” comentou Costa, alertando para os riscos que as fragilidades digitais representam tanto para o setor financeiro quanto para a segurança nacional.
Os debates complementam os outros temas abordados ao longo do evento, como a regulação da inteligência artificial e a segurança jurídica, questões consideradas essenciais para o desenvolvimento econômico e tecnológico do Brasil.