Caio Barbieri O Prêmio Engenho comemorou 20 anos em solenidade realizada nesta terça-feira (12), na Embaixada de Portugal, em Brasília. Criado para homenagear jornalistas e profissionais da imprensa da capital, o evento é organizado por Katia Cubel, fundadora da premiação e da Engenho Comunicação. Durante a celebração, foram anunciadas mudanças que visam ampliar o alcance e os objetivos do prêmio nos próximos anos.
Criado em 2004, o Prêmio Engenho de Comunicação – “O Dia em que o Jornalista Vira Notícia” tem como propósito destacar o trabalho dos profissionais da comunicação na capital federal.
Quando iniciamos, em 2004, o Prêmio Engenho era focado em valorizar os profissionais da imprensa e em destacar as melhores práticas nos veículos de comunicação do Distrito Federal. A vocação e o foco sempre foram valorizar quem produz notícias a partir da Capital do país”, disse Katia Cubel.
Ao longo de duas décadas, a premiação reconheceu centenas de jornalistas, personalidades e veículos de comunicação, interrompendo temporariamente as edições durante a pandemia. Atualmente, o Prêmio Engenho tem novos desafios, como promover a valorização do jornalismo na sociedade, combater a desinformação e contribuir para a formação de futuros jornalistas.
Novo formato
Segundo Cubel, em 2025, o Prêmio Engenho passará a contar com atividades em praça pública, buscando maior alcance e interação com a população. A cerimônia será aberta ao público e gratuita, ampliando o acesso e promovendo o letramento para o consumo consciente de informações.
Queremos levar o Prêmio Engenho de Comunicação para o meio da rua, para amplificar os valores que norteiam a premiação e apoiar no letramento da população para o consumo consciente de informações”, afirmou Cubel.
Ela também destacou a importância do apoio da Câmara Legislativa do Distrito Federal para viabilizar o novo formato da premiação.
O evento será dividido em duas etapas: o Festival de Jornalismo com Estudantes e Profissionais e o Prêmio Engenho de Comunicação em Praça Pública. A primeira fase, prevista para o primeiro semestre de 2025, terá a participação de faculdades de comunicação do Distrito Federal e promoverá debates sobre ética e impacto do jornalismo, incluindo a exibição do documentário “Escola Base”, do jornalista Walmir Salaro.
Além disso, será lançado um concurso de redação com o tema “E se fosse eu, o que eu faria diferente?”, que oferecerá prêmios e capacitação aos melhores textos inscritos.
Combate às fake news
A segunda fase, a cerimônia pública, ocorrerá até setembro de 2025. O objetivo é reforçar os valores da premiação e celebrar o jornalismo como um bem público essencial para a sociedade.
Patrícia Blanco, presidente executiva do Instituto Palavra Aberta, também participou do evento e enfatizou a importância de valorizar o jornalismo profissional frente à proliferação de informações não verificadas.
“Hoje, todos somos produtores de conteúdo, mas nem sempre essa informação é correta. O objetivo do Instituto Palavra Aberta é justamente valorizar essa profissão tão fundamental no combate à desinformação, promovendo uma corrente de qualidade como um bem público para todos os cidadãos”, afirmou Blanco.
Cubel reforçou o papel do Prêmio Engenho na defesa da liberdade de imprensa e destacou a relevância de profissionais qualificados para assegurar a veracidade das notícias.
“O Prêmio Engenho vai abraçar dois novos desafios: além de reconhecer jornalistas e veículos de comunicação, entraremos na luta contra a desinformação”, declarou.
