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Senado aprova debate sobre proibição de implantes hormonais após resolução da Anvisa

Sessão contará com profissionais da saúde, pacientes e especialistas para discutir os impactos da medida

O Senado Federal aprovou no dia 29 de outubro um requerimento para realizar uma sessão de debates sobre a recente suspensão da comercialização, manipulação, propaganda e uso de implantes hormonais, conforme determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada em 18 de outubro. 

O pedido, de autoria do senador Jorge Seif (PL-SC), defende uma análise abrangente e inclusiva sobre a decisão, envolvendo médicos, especialistas, pacientes e representantes da sociedade civil para discutir os impactos da medida no setor de saúde e no acesso aos tratamentos hormonais. A data ainda não foi confirmada.

A suspensão dos implantes, utilizados principalmente em terapias de reposição hormonal, gerou reações de fabricantes e profissionais da saúde. Segundo a CEO da Bio Meds Brasil, Izabelle Gindri, doutora em Engenharia Biomédica pela University of Texas at Dallas (UTD), a proibição foi uma “ação unilateral” e sem a oportunidade para defesa ou contraditório, princípios considerados essenciais para o desenvolvimento de políticas públicas eficazes e inclusivas.

“Estamos falando sobre o direito ao acesso à saúde. A manipulação de produtos hormonais no Brasil na forma de pellets (implantes subcutâneos) segue as mesmas prerrogativas desta atividade nos EUA, local onde estas terapias foram iniciadas na década de 1940”, explicou Gindri.

Os implantes hormonais absorvíveis são amplamente utilizados em tratamentos clínicos na Europa, nos Estados Unidos e no Brasil, onde são preparados por laboratórios de manipulação para atender a requisitos de produção de substâncias estéreis.

Ao longo das décadas, a segurança desses implantes foi demonstrada em estudos e, de acordo com Gindri, sua eficácia é comprovada para condições clínicas que envolvem desequilíbrios hormonais em homens e mulheres.

Apesar do uso terapêutico dos implantes, Gindri observou que, no Brasil, a estratégia de marketing popularizou o termo “chip da beleza” para definir a terapia, termo esse que, segundo ela, é inadequado e desvirtua o propósito original dos implantes hormonais.

“A ideia de chip da beleza surgiu do fato de que, uma vez reequilibrados os níveis hormonais fisiológicos, os pacientes retomam capacidades como energia e ânimo, o que lhes permite voltar a práticas como exercícios físicos e cuidados pessoais. Este reflexo, erroneamente reduzido à beleza, motivou o apelido de chip da beleza, o qual não representa a tecnologia atual”, esclareceu Gindri.

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