Pela relevante mobilização na capital federal, a eleição para a presidência da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF), acabou atraindo lideranças políticas em busca do fortalecimento de alianças e candidaturas na reta final antes da escolha marcada para o dia 17 de novembro.
Na última sexta-feira (1º), o advogado Everardo Gueiros, conhecido como Vevé, que disputa o comando da Ordem, divulgou um vídeo em suas redes sociais com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o qual declarou apoio à candidatura do ex-desembargador do Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF).
O vídeo motivou comentários negativos sobre a participação do ex-titular do Palácio do Planalto na disputa pela importante entidade de classe da capital do País (leia o engajamento do post).
Veja o vídeo:
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Opositor
Também candidato ao cargo, Cleber Lopes conquistou o apoio público do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que já foi presidente da OAB-DF e ainda mantém liderança dentro da categoria advocatícia. Cleber é advogado do emedebista.
O titular do Palácio do Buriti integra o grupo político opositor ao atual presidente da entidade, Délio Lins e Silva Júnior, e também aposta em Cleber Lopes como uma nova cartada após a derrota de Thais Riedel na eleição anterior da instituição.
Sem cargo eletivo, mas com força e liderança entre os advogados, Délio Lins e Silva Júnior, atual presidente da OAB-DF, também se posicionou nas eleições e manifestou apoio ao candidato Paulo Maurício, conhecido como Poli.
Secretário-geral da entidade, Poli promete dar continuidade às políticas e ações defendidas por Délio durante seus dois mandatos consecutivos, que somam seis anos no comando da OAB-DF.
Já Cristiane Damasceno, conselheira federal da OAB eleita na gestão de Délio, decidiu se afastar do grupo e lançou sua própria candidatura para concorrer ao comando da OAB-DF, o que marcou uma nova divisão interna na disputa pelo comando da entidade.
Críticas
A candidata Karol Guimarães, que também está na disputa, posiciona-se de maneira independente, sem alianças políticas explícitas. Ela criticou a influência de figuras políticas nas eleições da entidade, que representa os advogados do Distrito Federal.
Advogado não é gado para colocar um candidato para ser presidenciável. A gente precisa separar as coisas. Não se pode confundir”, afirmou ao GPS|Brasília.
A eleição para a presidência da OAB-DF definirá o novo representante da entidade para o próximo triênio e deve ser uma das mais acirradas dos últimos anos. Atualmente, a entidade tem mais de 40 mil advogados aptos a votarem nas próximas eleições locais.