Um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para combate aos crimes cibernéticos foi assinado, nesta sexta-feira (27), entre a Polícia Federal (PF), a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) e a Polícia Civil do DF (PCDF). O objetivo é dar celeridade e maximizar a troca de informações entre os órgãos de segurança pública, com a capacitação de recursos humanos, além do desenvolvimento e compartilhamento de tecnologias no combater aos crimes digitais.
Com a assinatura do documento, os bancos de dados da PF poderão ser acessados, via VPN, de forma a compartilhar as respectivas informações com maior agilidade e eficácia. O prazo de vigência deste ACT será de 60 meses, podendo ser prorrogado mediante a celebração de aditivo. A assinatura do termo ocorreu na Superintendência Regional da PF, no Setor Policial Sul, nesta sexta-feira (27).
“Os crimes cometidos com violência vêm caindo, diferentemente dos crimes cibernéticos, que aumentaram muito, como fraudes bancárias, golpes cometidos pelas redes sociais e crimes de pedofilia. Para combater esse tipo de crime, a gente precisa de conhecimento especializado, de modernização, de evolução e troca de informações. E este ACT busca potencializar o combate a esses crimes e capacitar o corpo policial da SSP-DF e da PCDF para o compartilhamento da plataforma Tentáculos e do sistema Rapina”, afirmou o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar.
De acordo com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, acordos e parcerias firmados com outros países têm sido imprescindíveis no combate aos crimes internacionais digitais. “Se o mundo só se fala em cooperação, integração e troca de dados e experiências, qual seria outro caminho que teríamos para combater o crime organizado, senão este? O crime organizado não tem limites de fronteiras e precisamos de fazer o contraponto a isso e esse ACT reafirma nossa parceria e respeito com o DF. Precisamos dessa parceria entre as polícias para contribuir e intensificar as ações contra o crime organizado”.
Além do acesso aos sistemas Tentáculos, que contribui para identificação de fraudes bancárias, e Rapina, cujo foco é o combate aos crimes de abuso sexual infantojuvenil, poderão ser viabilizados treinamentos e capacitações de recursos humanos, além do desenvolvimento e compartilhamento de tecnologia.
Para o superintendente regional da PF no Distrito Federal, José Roberto Peres, a inovação tecnológica trouxe inúmeros benefícios, mas também desafios para segurança pública. “Os crimes digitais são dos mais sofisticados para investigação. Este ACT simboliza união de esforços com a PCDF e a SSP-DF e representa um compromisso público com a segurança digital, proteção de dados e uma infraestrutura mais segura e livre da ação criminosa”.
Além do DF, Goiás também já conta com esta parceria com a Polícia Federal.
*Com informações da SSP-DF