O cantor Gusttavo Lima teve a prisão preventiva decretada, nesta segunda-feira (25), por ter, segundo as investigações, ajudado dois suspeitos a deixar o Brasil.
A decisão foi proferida pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, e faz parte da Operação Integrations, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro.
De acordo com a magistrada, o cantor, cujo nome verdadeiro é Nivaldo Batista Lima, teria “protegido investigados na operação, o que demonstra uma alarmante falta de consideração pela Justiça”. A decisão ressalta que a ligação financeira de Lima com os suspeitos, além de movimentações bancárias suspeitas, levanta sérias dúvidas sobre o seu possível envolvimento direto em atividades ilícitas.
Em sua decisão, Andrea Calado citou uma viagem recente do cantor à Grécia, onde ele foi fotografado com os investigados. Além disso, há indícios de que a aeronave utilizada por Lima poderia ter sido usada para transportar os suspeitos para fora do país. “Na ida, a aeronave transportou Nivaldo Lima e o casal de investigados, o que sugere que José André e Aislla possam ter desembarcado na Grécia ou nas Ilhas Canárias”, revelou a juíza no despacho.
Ainda segundo o texto da decisão, “a conivência de Nivaldo Batista Lima com foragidos não apenas compromete a integridade do sistema judicial, mas também perpetua a impunidade em um contexto de grave criminalidade”.
O cantor Gusttavo Lima não se manifestou publicamente sobre a prisão até o momento. A operação que o investiga também resultou na prisão da influencer Deolane Bezerra, que segue detida na Colônia Penal Feminina de Buíque, em Pernambuco, desde 10 de setembro.