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Say Cheese! Fondues e racletes em Brasília te fazem se sentir na Suíça

Em janeiro, visitei a Suíça e, claro, um dos pontos altos da viagem foi a gastronomia. Claro que o inverno no Brasil, e em Brasília, não chega nem perto das baixas temperaturas europeias. Mas nos faz tirar casacos, botas e meias do guarda-roupa. E, claro, junto ao clima frio, vem a vontade de saborear os pratos suíços.

Nos Alpes suíços, onde a neve reina soberana a formar paisagens de tirar o fôlego, a culinária é um encanto que encanta a todos que a provam. Ao procurar abrigos para se aquecer, estabelecimentos exalam o aroma dos queijos derretidos e suas nuances. Um cheiro inconfundível – e um convite para sentar à mesa. 

O derreter dos queijos fez surgir o famoso fondue – vem da palavra francesa “fondre”, que significa “fundido” ou “derretido”. A origem do prato é remetida ao século XVIII, quando os pastores suíços levavam queijo, pão e vinho com eles para as montanhas durante a temporada de inverno com o intuito de aquecer as noites frias. Os primeiros restaurantes suíços que começaram a vender o fondue surgiram nos anos 1930, mas a fama veio na década de 1950, quando casas de Nova York adotaram a receita. 

Outra forma de saborear o derivado do leite é por meio da raclette (do francês “racler”, que significa “raspar”). Em uma racletteira, aparelho elétrico específico para esse fim, o queijo é raspado e servido com batatas cozidas, cebolas, picles e carnes defumadas.

Mas não é preciso ir tão longe para sentir o sabor dos variados tipos de queijos suíços, uma das características mais emblemáticas da culinária do país europeu. Em Brasília, restaurantes proporcionam uma viagem à cultura suíça por meio do paladar. Cada queijo é uma obra-prima que honra as tradições do país. E, claro, com o charme brasileiro. 

 

Au Fondue 

Há quase 30 anos, o cearense Francisco Cláudio juntava dinheiro com a ideia de comprar um restaurante a quilo no Setor Comercial Sul. Mas a oportunidade veio de um restaurante de culinária suíça à venda no Lago Sul. Em 1995, o Au Fondue ganhou um novo dono – e o desafio de administrar uma casa sem conhecer os pratos do menu. 

Até hoje à frente do negócio, Francisco orgulha-se do legado construído e em ser uma das casas pioneiras de fondue da cidade. No menu, fondues que podem ser preparados no óleo, na pedra ou no caldo, como o de filé mignon e de filé de frango, acompanhados de oito tipos de molhos e a famosa batata rosti. 

Há opções menos convencionais, como camarão e salmão. Se você é tradicional, tem o clássico fondue de queijo suíço (que acompanha o pãozinho cortado em cubos). E, claro, um dos queridinhos é a sobremesa, com opções de fondues de chocolate meio amargo e branco, com saborosas frutas da estação. Um dos desafios enfrentados pelo proprietário é quebrar o paradigma de que fondue não é para ser consumido somente no inverno. A casa está aberta o ano todo – sempre com um irresistível queijo derretido. 

@aufondue

 

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Swiss Gourmet

Com expertise em atuar em eventos gastronômicos desde 2007, Patrícia Naggle e Marília Rodrigues, mãe e filha, faziam do fondue de chocolate o carro-chefe. Mas numa entre safra de morango, para não ficarem paradas, resolveram se aventurar com um prato tradicional da Suíça: a raclete. “Ficamos encantadas com aquela avalanche de queijo”, lembra Patrícia. 

Muitas pesquisas e cursos depois, foram em busca dos melhores fornecedores. “Existem muitos suíços pelo Brasil produzindo queijo de qualidade, respeitando, principalmente, as vacas durante todo o processo. Eles dizem que o animal, quando respeitado, produz o melhor. Tem produtores que colocam até música para elas relaxarem”, narra. 

A iguaria entrou no cardápio dos serviços. E, num movimento contrário ao de muitos empreendedores, durante a pandemia resolveram abrir uma loja física na 109 Norte. Além da raclette (que acompanha batatas e frios), o queijo derretido na racletteira também vira ingrediente dos sanduíches da casa. E como diz o slogan da casa: “eu vim por causa do queijo”. 

@swiss.gourmet

 

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