Sessão solene de iniciativa do deputado Roosevelt (PL) homenageou o Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Distrito Federal (Creci-DF), na noite desta quinta-feira (24). Na ocasião, 30 profissionais do mercado foram homenageados com moções de louvor. A sessão contou com a participação do presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), João Teodoro da Silva, e do presidente do Creci-DF, Geraldo Francisco do Nascimento.
Presidente da Frente Parlamentar do Mercado Imobiliário (FPMI), o deputado Roosevelt dirigiu a sessão, ao lado do distrital Thiago Manzoni (PL), vice-presidente da FPMI e presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Ele lembrou que sua mãe começou a trabalhar como corretora de imóveis após a morte de seu pai. A partir da rotina dela, percebeu as angústias e problemas da profissão.
“Sou um entusiasta do segmento. Brasília tem o oitavo metro quadrado mais caro do País, há muito a fazer para democratizar o imóvel à nossa população e o corretor é peça fundamental neste processo. Temos no nosso DNA a necessidade de ter a casa própria. Os melhores momentos das nossas vidas são nas nossas casas”, discursou Roosevelt Vilela.
Para ele, o corretor é peça chave no mercado imobiliário. “É muito importante o papel de vocês. Quantos sonhos foram frustrados por uma compra malfeita, por não ter um corretor para orientar o cliente? O profissional vai observar a posição do sol, o entorno do imóvel, a documentação… Por isso a Frente Parlamentar do Mercado Imobiliário é importante, por abraçar todo este sistema, que é pulsante em nossa capital”, finalizou.
Presidente do Creci-DF, entidade homenageada, Geraldo Francisco do Nascimento elogiou a criação da frente, lembrando a situação de mais de 300 mil famílias que não têm a escritura de de seus imóveis. “Nós vamos resolver este problema por meio desta frente, dando dignidade a estas pessoas, para que possam chamar o imóvel de seu. Vocês não imaginam a importância da frente para nós”, comentou.
“Veja o exemplo da redução do ITBI (Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis). Em Brasília, era de 1% no passado. Fomos imitar o Rio de Janeiro e passamos para 2%. Depois veio outro governador, que elevou para 3%. E se não lutarmos com essa frente, daqui a pouco a alíquota estará em 4% ou 5%. E não há esta necessidade. Concordo com tributos relacionados a serviços, como a TLP (Taxa de Limpeza Pública). Mas IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e ITBI? Nós já pagamos tantos impostos até chegar à compra de imóveis que estes dois nem deveriam existir”, afirmou.
O presidente do Cofeci, João Teodoro da Silva, destacou o papel político dos profissionais da área. “O corretor é um formador de opinião. Temos grande importância do ponto de vista político, do ponto de vista de convencimento, do ponto de vista de formar opiniões pelo Brasil afora”, destacou. “Temos mais de 600 mil corretores de imóveis inscritos no Brasil inteiro e mais de 72 mil imobiliárias cadastradas. Somos a segunda maior organização de profissionais do mundo”, acrescentou.
“Brasília é a terceira maior capital em população do Brasil e o segundo maior mercado imobiliário, com o maior número de corretores por habitante. Com muito trabalho, conseguimos superar os diversos desafios do segmento. Por isso, é motivo de comemoração para nós e quero deixar meus parabéns a todos os meus colegas e pedir que se unam às instituições de classe, porque é por meio delas que conseguimos chegar aos representantes da República. Nenhum de nós, singularmente, vai conseguir o respeito que conseguimos como classe”, completou.
O ex-governador, ex-senador e empresário Paulo Octávio, que é corretor de imóveis há 55 anos, que compôs a mesa diretora da sessão solene, começou seu discurso cumprimentando os 30 homenageados, em especial Geraldo Aguiar de Vasconcelos, com seus 90 anos de idade e décadas de atuação. “Eu vou ter que falar em nome do Geraldo porque ele é o mais tradicional de nós. É uma bela homenagem”, avaliou. Ele também homenageou o pioneirismo de Juscelino Kubitschek, o primeiro presidente a valorizar os corretores de imóveis.
“Meu pai era dentista em Lavras, interior de Minas. Em 1958, chegou à nossa casa um corretor de imóveis credenciado pela Novacap, para vender uma cidade que não existia. Veja como JK foi visionário: convocou corretores do Brasil todo. E eles foram bater de porta em porta. E meu pai se encantou com aquela história de Brasília e comprou. Assisti aquela cena, com 8 anos. Me encantei com o corretor vendendo a cidade. Nem sabia o que era Brasília, mas quis o destino que, dez anos depois, em 1968, tirei o meu Creci. Graças a Deus tive essa profissão. E só colhi alegrias. Uma profissão que eu abracei com muito com muita vontade, com alma”, lembrou.
Para Paulo Octávio, Brasília sempre passou otimismo a todos que acreditaram no crescimento da cidade, mesmo nos momentos mais difíceis. “Vivemos momentos que queriam voltar a capital para o Rio, impeachments, planos econômicos… Mas sempre acreditei no mercado imobiliário como melhor investimento. Muitos aqui fizeram a vida tranquila de milhares de famílias que investiram em imóveis e hoje têm um patrimônio, renda, garantia, sustento familiar e dignidade. Cada um de nós, do seu jeito, fez o bem a milhares de pessoas. Por isso, o mercado imobiliário é fantástico”, concluiu.