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Everardo Maciel defende transparência para avanço da reforma tributária

Ex-secretário da Receita foi o convidado do Grupo Lide, que reúne empresários do DF e é presidido pelo ex-senador Paulo Octávio (PSD)

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O economista Everardo Maciel, ex-secretário-geral da Receita Federal, defendeu nesta terça-feira (28) uma maior transparência para o avanço da reforma tributária no Brasil.

 

A declaração ocorreu durante o almoço durante encontro do Grupo Lide, que reúne empresários do Distrito Federal e é presidido pelo ex-senador Paulo Octávio (PSD). Os convidados foram recebidos pelo economista Fernando Cavalcanti, vice-presidente do grupo Nelson Willians, no Lago Sul.

 

Ela [a reforma] pode ser objeto de mistificação, até uma panaceia. Mas ela precisa ocorrer de acordo com a realidade de cada ente federativo”, disse.

 

Everardo citou um episódio ocorrido durante a gestão de Paulo Guedes, ainda no governo de Jair Bolsonaro (PL), quando a equipe econômica decidiu não dar publicidade às propostas elaboradas pela antiga gestão. “Se não divulgam, algo há para se esconder”, lembrou.

 

Durante a palestra, Maciel não demonstrou muito otimismo em relação às possibilidades de se chegar a um acordo geral sobre as modificações fiscais, mas defendeu que, para isso, a União, os estados e os municípios sejam participantes ativos dos debates.

 

Um dos passos é negociar com os entes federativos, porque se não for, será uma violência ao pacto federativo. E saber o momento mais adequado para fazer esse debate”. continuou. 

 

Uma das principais bandeiras defendidas pelos empresários, a unificação de impostos também foi avaliada sem muita motivação por Everardo Maciel.

 

Ela [a unificação] é alimentada por generosidades reluzentes. O fato de juntar duas coisas não necessariamente dará numa terceira realmente boa”. disse. 

 

Para o empresário Paulo Octávio, presidente do Lide Brasília, o encontro serviu para avançar no debate sobre o tema que é pauta do setor produtivo. 

 

Temos de debater a reforma com a sociedade organizada. Precisamos pensar nas perspectivas dessa mudança, que deve vir para facilitar vida das pessoas e empresas, gerar mais empregos e simplificar. Ninguém aguenta mais a confusão tributária que temos”, destacou.