É ouro! Após sete dias, finalmente temos uma medalha dourada no peito. Isso, graças a judoca Beatriz Souza, que derretou a israelense Raz Hershko na final da categoria acima dos 78 kg feminina nas Olimpíadas de Paris 2024. Esta foi a primeira participação de Beatriz em Jogos Olímpicos.
Bia Souza tomou a dianteira na luta ao aplicar um waza-ari contra a israelense, garantindo o primeiro ponto do combate. A brasileira iniciou com firmeza e controlou o ritmo da disputa. Embora Beatriz continuasse tentando atacar, Hershko se defendia com eficácia.
Com o resultado, o judô se torna a modalidade que mais deu ouros a mulheres brasileiras e se isola como o esporte que mais garantiu medalhas ao País. O ouro de Bia é o 27º – e o número pode aumentar ainda nesta edição dos Jogos. Neste sábado, acontece a disputa por equipes mistas. Bia entrará no tatame mais uma vez, assim como Larissa Pimenta e Willian Lima, que receberam respectivamente um bronze e uma prata no domingo passado.
“É inexplicável, uma das melhores coisas do mundo”, disse à TV Globo sobre a sensação de ser campeã olímpica. A judoca solicitou que a família não viajasse para Paris nos Jogos e segundo ela, a estratégia deu certo. “Eu consegui, deu certo mãe, pai eu consegui! Foi pela vó, mãe. Eu amo vocês mais do que tudo”, disse à família, em contato telefônico.
Beatriz Souza junta-se às judocas Sara Menezes e Rafaela Silva como campeã da modalidade. O confronto com a israelense foi o tempo todo favorável à brasileira. Bia conseguiu um waza-ari logo no começo da luta e o carregou até o fim do tempo regulamentar. Passiva, Raz Hershko não conseguiu fazer frente à adversária.
“Eu só fiz o que a gente vinha treinando todos os dias. É uma vida por um dia, a gente abdica de muitas coisas para estar aqui, e quando a gente abre mão de tudo e é campeã olímpica, vale muito a pena. Que venham muitas mais (medalhas) e vamos continuar torcendo para a galera”, afirmou a brasileira em entrevista após a vitória.
Na semifinal, a judoca já havia derrotado a primeira do ranking: a francesa Romane Dicko. Bia levou a luta para o golden score, em que qualquer ponto vale a vitória, e conseguiu encaixar uma imobilização. A oponente bateu e desistiu do confronto quando percebeu que não conseguiria escapar.
Histórico
Em Campeonatos Mundiais, Bia conquistou duas medalhas de prata: uma em Budapeste 2017, no torneio por equipes mistas, e outra em Tashkent 2022, no torneio individual. Além disso, ela ganhou quatro medalhas de bronze: duas em Tóquio 2019 e Budapeste 2021, no torneio por equipes mistas, e outras duas em Budapeste 2021 e Doha 2023, no torneio individual.
Nos Jogos Pan-Americanos, Bia conquistou uma medalha de prata em Santiago 2023, no torneio por equipes mistas, e duas medalhas de bronze, em Lima 2019 e Santiago 2023, no torneio individual.
*Com informações do Estadão Conteúdo